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Estes dois MBAs na Nova Zelândia possuem 100% de empregabilidade

Cursos em construção e gerenciamento de projetos de engenharia atendem a demanda de infraestrutura em cidades como Auckland. Saiba mais

Estudantes da Auckland University of Technology: a AUT está colocada entre as 150 melhores universidades jovens do mundo (Auckland University of Technology/Divulgação)

Estudantes da Auckland University of Technology: a AUT está colocada entre as 150 melhores universidades jovens do mundo (Auckland University of Technology/Divulgação)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 18 de abril de 2018 às 15h00.

Última atualização em 18 de abril de 2018 às 15h00.

Auckland - A Nova Zelândia é um país em construção: das ruas cosmopolitas de Auckland e Wellington até os lançamentos de Queenstown e as reformas de Christcruch, a demanda por profissionais de construção e engenharia é altíssima.

Isso se reflete nos ótimos resultados que a Auckland University of Technology possui em termos de empregabilidade especialmente em dois de seus MBAs. Todos os formandos nos cursos de Master of Construction Management e Master of Engineering Project Management saíram empregados, de acordo com a universidade.

O Master of Construction Management ensina como gerenciar projetos de construção complexos. Desenvolvido em parceria com líderes na indústria de construção, o objetivo é formar administradores que tenham tanto competências técnicas de construção quando a habilidade de gerenciar os diversos aspectos que envolvem projetos modernos na área.

Os formandos, após um ano, podem assumir cargos como consultores, gerentes administrativos e gerentes operacionais de construções em planejamento ou em execução.

Já o Master of Engineering Project Management é voltado para profissionais de engenharia que queiram melhorar suas habilidades de gestão e avançar para cargos mais seniores, além de recém-graduados que queiram fundar ou participar de companhias de engenharia modernas.

Após um ano de curso, esses líderes compreenderão aspectos como captação de investimentos, comunicação, design e motivação, indo além da montagem de materiais e de sua engenharia.

“Os resultados de empregabilidade desses programas se devem à grande demanda na Nova Zelândia por graduados com tais habilidades, especialmente em Auckland”, afirma Jaime Henley, diretor de relacionamentos do Centro Internacional da AUT.

“A cidade está passando por um grande crescimento e os empreendimentos em infraestrutura acompanham tal tendência. Nossos graduados se beneficiam do número de projetos de prédios e estradas se tornando realidade.”

A universidade continuará investindo na área de construção. Para este ano, a AUT planeja construir um novo edifício de engenharia, avaliado em 100 milhões de dólares.

Estudantes internacionais pagam mensalidades bem mais caras na Nova Zelândia do que seus colegas nativos - e tais MBAs não são uma exceção. Brasileiros que queiram estudar no Master of Construction Management deverão pagar 38.130 dólares neozelandeses pelo curso completo (95.620 reais). Já os alunos internacionais do Master of Engineering Project Management pagam 37.390 dólares neozelandeses (93.764 reais).

A Auckland University of Technology possui mais de 28 mil alunos, sendo que 4 mil deles são estudantes internacionais de 95 países. A universidade está classificada entre as 450 melhores do mundo pelo ranking QS World University e entre as 150 melhores universidades jovens do mundo, segundo o ranking da Times Higher Education.

Experiência

Marco Antônio Veloso Júnior, de 43 anos de idade, é brasileiro, engenheiro elétrico e estudante do Master of Engineering Project Management. Ele chegou a Auckland há apenas dois meses, vindo de Sorocaba (interior de São Paulo), após ter perdido seu emprego no ano passado.

Veloso Júnior já havia passado cinco anos fora do país trabalhando para multinacionais, com destaque para uma temporada em Singapura. “Voltei para o Brasil com uma visão completamente diferente. Queria mudar não apenas em aspectos financeiros, mas também em aspectos de liberdade, de segurança e de qualidade de vida.”

O sonho de morar fora estava com ele desde 2016, mas a perda do trabalho foi a gota d’água para resolver se mudar com a família para o exterior. “Não tínhamos mais nenhuma ligação com o país, então fomos. Em certa medida, foi bom perder meu emprego (risos)”, conta.

Marco Antônio Veloso Júnior, de 43 anos de idade, é brasileiro, engenheiro elétrico e estudante do Master of Engineering Project Management na Auckland University of Technology

Marco Antônio Veloso Júnior, estudante do Master of Engineering Project Management na Auckland University of Technology (Marco Antônio Veloso Júnior/Arquivo/Divulgação)

O engenheiro elétrico já havia viajado para a vizinha Austrália e achou que a Nova Zelândia teria algumas características parecidas, como ser um lugar propício para viver em família. O país também não pede exames complicados como o GMAT, dos Estados Unidos. O clima ameno e as possibilidades de continuar no país coroaram a escolha.

Veloso Júnior afirma que o processo de aplicação na AUT foi “rápido” e “organizado”, envolvendo envio de currículo e entrevistas.

O maior benefício que ele viu na universidade até agora foi a infraestrutura. “Posso contar nos dedos da mão as vezes que estive na livraria para pesquisar algo durante meus estudos no Brasil. Essas visitas não são obrigatórias por aqui, mas você possui tantos recursos que elas se tornam muito interessantes. Posso desde pegar livros emprestados até fazer o download de diversos softwares essenciais para administração e engenharia, atualizados com o mercado de trabalho.”

O plano do engenheiro elétrico é terminar seu MBA e continuar vivendo na Nova Zelândia. “É isso que eu espero, e acredito que seja bem mais possível do que nos Estados Unidos, onde a renovação dos vistos é bem mais restrita.”

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