Carreira

Esta pesquisa pode convencer você a ser mais gentil

A gentileza é um ativo de carreira, segundo pesquisa com mais de 400 executivos

Gentileza: é tratar os outros com educação e polidez, sem deixar de ser claro e honesto (foto/Thinkstock)

Gentileza: é tratar os outros com educação e polidez, sem deixar de ser claro e honesto (foto/Thinkstock)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 1 de julho de 2016 às 19h00.

São Paulo - Preste atenção à maneira como tem tratado os outros no trabalho porque este pode ser o calcanhar de Aquiles da sua reputação profissional. A gentileza é um ativo de carreira e contribui para que você seja admirado e, consequentemente, tenha maior capacidade de influência, segundo um estudo feito com mais de 400 executivos de empresas como Natura, Nestlé, Bunge, Cargill.

Entre os entrevistados, 65,3% deles consideram a gentileza uma vantagem profissional. Quando genuína. O levantamento também mostra que 30% dos entrevistados acham que seus chefes usam a gentileza de forma interesseira. “É um índice elevado e é preocupante porque mostra que não há confiança na relação”, diz a coach Adriana Gattermayr, presidente da Gattermayr Consulting, responsável pela pesquisa.

Embora a especialista alerte para o fato de que, muitas vezes, as pessoas têm percepções distorcidas de seus superiores, o dado indica que a comunicação, ponto chave de qualquer relação profissional saudável, não tem sido o forte dos gestores. “Muitas vezes, os chefes têm uma agenda oculta, uma meta que estão buscando cumprir, mas não falam para a equipe e isso acaba prejudicando a sua imagem”, diz Adriana.

O segredo da gentileza genuína, diz, é pensar menos em si mesmo e mais nos outros e, claro, conseguir transmitir essa mensagem no ambiente de trabalho. " Em empresas grandes, é comum as pessoas se esquecerem da importância de seu trabalho no âmbito coletivo e pensarem só em seus projetos", diz Adriana. 

Mas não confunda gentileza com ser bonzinho demais. “Ser gentil é tratar os outros com educação e polidez, sem deixar de ser claro e honesto”, diz Adriana. Aos gestores muito bonzinhos falta a capacidade de dar um feedback franco, o que é tão prejudicial quanto não estar nem aí para a equipe, de acordo com ela. 

Recém promovidos são os mais propensos a cair na armadilha dos chefes amigões, segundo ela. “Quem passa a gerir uma equipe formada por seus ex-pare pode se sentir deslocado e tentar se aproximar dessa forma”, diz.

Dar importância ao aspecto comportamental é regra de ouro para quem quer ter sucesso em cargos de gestão, segundo a especialista. A promoção, diz, é feita pela questão técnica, mas a liderança, não se esqueça, é uma habilidade comportamental.

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