Brainstorming (Gajus/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2017 às 06h00.
Última atualização em 15 de agosto de 2017 às 09h44.
Na teoria, o brainstorming é sempre ótimo: várias mentes se juntam numa sala para pensar, em conjunto, em uma nova solução. Na prática, todo mundo já esteve numa reunião do tipo em que era possível ouvir um alfinete cair no chão. Ou (pior ainda!) deu uma ideia de que ninguém gostou.
É verdade que, como diz o clichê, “não há ideias ruins no brainstorming”. Mas a ansiedade envolvida com a exposição da sua opinião nesse cenário é real e mesmo os pequenos detalhes podem travar a criatividade do grupo.
Pensando nisso, a firma de design IDEO, composta por equipes multidisciplinares que buscam ideias inovadoras constantemente – caso do primeiro mouse da Apple, de 1980, referência para todos os mouses mecânicos até hoje –, chegou numa frase ideal: “how might we…?” ou, em português, “como podemos…?”.
Parece básico, certo? Segundo a IDEO, não é. Exige respostas descritivas e, ao mesmo tempo, deixa claro que esse é um esforço coletivo e que há mais de uma resposta possível, inserindo liberdade criativa e diversão no processo.
Além da IDEO, Facebook e Google também usam essa abordagem, sempre tendo o cuidado de criar o resto da frase de maneira cautelosa, sem que seja ampla demais, para que respostas específicas possam surgir.
Se sugestões começarem imediatamente, você sabe que acertou no tom da pergunta.
Outra ideia da IDEO para envolver todos os indivíduos e eliminar a ansiedade de falar antes do chefe é apresentar a pergunta e pedir que todos escrevam sugestões em post its logo nos primeiros minutos.
Assim, quem está está tocando a reunião pode chamar quem quiser e o brainstorming começa de fato com os presentes se sentindo seguros, incluídos e capazes de construir ideias novas em conjunto com as outras ideias novas apresentadas – a essência de um bom brainstorming.
* Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar