(Skynesher/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2019 às 14h02.
São Paulo - Lembro-me em 2011, quando o termo “indústria 4.0”, começou a se tornar conhecido no mundo. Fomos apresentados à ideia de que as máquinas poderiam criar réplicas virtuais do mundo físico para tomar decisões descentralizadas e operar em situações da vida real, em tempo real.
E aqui estamos nós, oito anos depois, testemunhando a automação de processos anteriormente manuais, com o objetivo de aumentar a eficiência e a produtividade. Mas o que isso significa para o mundo do trabalho?
Possivelmente, uma grande mudança de paradigma na produção industrial e fundamentais na dinâmica do mercado de trabalho. Essa indústria pode oferecer muitos benefícios, mas não há como fugir da preocupação generalizada em torno de como ela nos afeta. Segundo a Harvard Business Review, estima-se que, à medida que as máquinas participem cada vez mais das indústrias, inevitavelmente veremos papeis de qualificação intermediária desaparecendo.
No entanto, as pesquisas apontam que mais empregos serão criados em ocupações de baixa e alta qualificação, o que significa que a automação irá gerar mais empregos do que destruir e, por sua vez, aumentará o poder de compra dos consumidores, cujos gastos extras criam novos empregos. E assim, o ciclo do progresso se reconstrói, não é mesmo?
E como falamos acima, os benefícios de fabricação e produção da Indústria 4.0 são apenas parte da história. Para explorar plenamente essas oportunidades, o foco no cliente, a conscientização comercial e a solução de problemas fazem parte do mix de habilidades técnicas para cada candidato, independentemente de sua formação profissional e função. Os profissionais também precisarão se adaptar, pois com fábricas ainda mais automatizadas, novas demandas surgirão enquanto algumas deixarão de existir. Por outro lado, as demandas em pesquisa e desenvolvimento oferecerão oportunidades para profissionais tecnicamente capacitados, com formação multidisciplinar para compreender e trabalhar com a variedade de tecnologia que compõe uma fábrica inteligente. Talvez estejamos frente a uma grande oportunidade de um mundo melhor. Você já pensou nisso?
Ainda temos outros pontos positivos da indústria 4.0. O gestor, ao identificar demandas e tendências do mercado, poderá agir com muita velocidade para colocar um produto na rua. Assim, essa realidade traz impactos positivos também para o público consumidor, que terá maior acesso a produtos personalizados, de qualidade e a um custo menor.
Se nós entendermos onde está a mudança e tentarmos aos poucos ir caminhando junto com ela em vez de resistir a ela, já estaremos mais competitivos do que muitos profissionais. Nessa nova era 4.0, os diplomas vão ficando menos relevantes do que as habilidades comportamentais, como a capacidade de aprender e se adaptar aos novos cenários. Vamos começar a trabalhar com questões-chaves e uma nova mentalidade que contemple a ideia de aprendizado contínuo, com mais disposição para sair da zona de conforto e fortalecer as habilidades. A única certeza desse novo caminho é que quase tudo ao nosso redor vai mudar!