ESG: enquanto as vagas no setor aumentaram 98% no último ano, menos de 1% dos profissionais está preparado para preenchê-las (Getty Images/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 2 de maio de 2023 às 14h55.
Última atualização em 2 de maio de 2023 às 15h04.
Uma pesquisa recente da Aberje mostrou que, em consonância com o mercado global, 95% das empresas brasileiras já têm o ESG como prioridade em suas agendas.
A sigla (do inglês environmental, social and governance) diz respeito às ações que uma organização toma e que impactam diretamente o meio ambiente e a sociedade. Pautas como gestão de risco, transparência fiscal, segurança dos funcionários e redução dos impactos da cadeia de produção são alguns exemplos de questões que fazem parte das boas práticas ESG que podem fazer parte do dia a dia dos negócios.
Ainda que o termo tenha sido usado pela primeira vez há mais de 20 anos, faz menos tempo que ele deixou de fazer parte das discussões de um grupo seleto de empresários para ganhar espaço nas rodas de conversa sobre o futuro do trabalho de maneira mais ampla e se consolidar como uma das principais tendências de negócios da década.
“Nós estamos experimentando um momento sem precedentes na história. Enfrentamos uma necessidade urgente de fazer a transição de nossa sociedade para uma economia verde capaz de enfrentar a ameaça da mudança climática. Precisamos ampliar as habilidades que impulsionam esses empregos e formar um plano de ação”, alerta o relatório "Global Green Skills 2022", divulgado pelo LinkedIn no ano passado.
No documento, o LinkedIn também revela que a participação dos chamados “talentos verdes” na força de trabalho global saltou 38,5% entre 2015 e 2022 — e que cerca de 10% dos anúncios de emprego publicados na plataforma no ano passado já exigiam pelo menos uma habilidade relacionada ao ESG dos candidatos.
“Esse movimento é histórico. Foi mais ou menos o que aconteceu nos anos 1990 com a explosão da informática e da internet. Na época, a procura por profissionais especializados em informática era gigantesca, pois tudo era muito novo e poucos tinham conhecimento ou formação na área. Quem apostou neste caminho lá atrás, encontrou um mercado repleto de oportunidades e possibilidades. Agora, há uma nova tendência surgindo e, com ela, um novo tipo de profissional tem sido procurado”, afirma Renata Faber, head de ESG da EXAME e mentora do Workshop Profissão em ESG.
Elaborado pelo Ibmec em parceria com a EXAME, o curso tem o objetivo de aprofundar a discussão sobre os impactos do ESG nos negócios e promete ajudar profissionais de diferentes áreas de formação a encontrar o caminho para se especializar na área.
Com o objetivo de democratizar o acesso ao conteúdo, que será transmitido virtualmente entre os dias 8 e 16 de maio, a EXAME está disponibilizando 2,5 mil vagas gratuitas para o workshop. Clique aqui para garantir a sua.
Veja, abaixo, alguns dados que ajudam a ter uma dimensão do tamanho — e dos impactos — do ESG no futuro dos negócios.
De acordo com um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a consolidação da economia verde tem potencial para gerar um saldo positivo de 15 milhões de empregos na América Latina até 2030.
Em uma pesquisa realizada pela BlackRock no início de 2020, mais da metade (54%) dos entrevistados afirmou que considerava o investimento sustentável fundamental para o bom desempenho de suas carteiras. Desde então, a alocação de recursos em fundos ESG ao redor do mundo cresce em velocidade cada vez maior
Um estudo realizado pelo Institute of Business Value (IBV) com mais de 14 mil pessoas em nove países (incluindo o Brasil) mostrou que 54% dos consumidores estariam dispostos a pagar um valor mais alto por produtos de marcas comprometidas com a redução dos impactos ambientais em suas cadeias produtivas