(Pixabay/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2020 às 16h37.
A questão hídrica, em São Paulo, tem sido muito presente nos noticiários. Com isso, a expressão “uso consciente da água” é lema de várias campanhas ambientais.
No entanto, graças a muito avanço, já se fala muito em “reúso” da água. O termo contemporâneo já está registrado no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Deve ser "reúso" acentuado graficamente?
Certamente, você se lembra da regra dos famosos hiatos de “i” e “u”, não? Que tal uma breve revisão?
De acordo com as nossas regras ortográficas, os hiatos formados por “i” e “u”, tônicos, acompanhados ou não de “s”, devem vir com o acento agudo. Alguns são os exemplos mais comuns: “saída, saúde, faísca, aí, país, Piauí etc.”
Caso “i” ou “u” formem ditongos (encontro da vogal e semivogal), nada de acento nas citadas vogais, como em “coisa, Neusa, tesoura” .
Voltemos ao caso de “reúso” e façamos a divisão silábica: RE-Ú-SO. Destaquemos, aqui, a vogal “u”, formando hiato (isolada) e tônica. Conclusão: o acento gráfico deve existir sim.
Rapidamente, ao ouvir o polêmico termo deste texto, pelo rádio, pensei em um didático exemplo. Pronuncie a frase abaixo, em voz alta:
“Dona NEUSA pede ao Governo o REÚSO da água.”
Ah! Quanto a um possível hífen? A Academia Brasileira de Letras, seguindo a tradição da Língua, manteve o prefixo “re” sem hífen, mesmo quando seguido de “e” ou “h”: “reedição, reedificar, reeleição, reescrita, reidratar”.
Seguindo a linha da sustentabilidade ambiental e ortográfica, divulguemos a importância do REÚSO da água.
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DIOGO ARRAIS
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Professor de Língua Portuguesa
Fundador do ARRAIS CURSOS