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1. Tempo de celebrar sucessos e amargar com os fracassos
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1/18 (Getty Images)
Principal campeonato de futebol mundial, a Copa do Mundo é uma grande oportunidade para celebrar o sucesso ou amargar o fracasso das estratégias das equipes participantes.
Trabalho em grupo, brilho individual de grandes estrelas do esporte, favoritismo e zebras e a maior derrota do Brasil em uma semifinal são alguns dos aspectos marcantes desta Copa e que trazem reflexões e lições importantes.
O aprendizado é futebolístico, mas pode ser transferido para quem não tem o esporte como carreira também. É o que propõe Yuri Trafane, sócio da Ynner Treinamentos. Confira 17 lições da Copa que servem para profissionais de empresas também:
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2. A atuação do Brasil que culminou na derrota por 7 a 1
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2/18 (Getty Images)
Fatos: Campanha da seleção brasileira culminou no vexame na semifinal. O grande tropeço foi a face visível de um monte erros que foram se acumulando, diz Trafane. Falta de controle emocional, esquema tático inflexível e igual para todos os adversários, esperança só no talento individual, falta de plano B são alguns dos fatos que marcaram a seleção até agora.
Lições de carreira: Em um mundo competitivo e com altas cobranças, é necessário desenvolver inteligência emocional para lidar com situações extremas. Sem isso, um executivo ou uma equipe profissional pode por tudo a perder, diz Trafane. Outra lição que fica a partir da rigidez tática do Brasil é que as estratégias devem ser adaptadas de acordo com o ambiente. Variações devem ser desenvolvidas para lidar com concorrentes, clientes e canais de distribuição diferentes, diz o sócio da Ynner Treinamentos.
Outro ponto que o especialista cita é que não necessariamente a reunião de talentos individuais resulta em equipe com resultados geniais. É como diz o ditado: pessoas inteligentes, agindo inteligentemente de forma individual podem gerar um resultado coletivo não inteligente, cita Trafane.
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3. Saída precoce da Espanha, campeã em 2010
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3/18 (Getty Images)
Fato: a Espanha saiu cedo da Copa e sofreu a derrota mais humilhante de um atual campeão mundial. Muitos analistas espanhóis atribuem o ocorrido à falta de renovação da equipe espanhola que ainda é muito parecida com a de 2010, diz Yuri Trafane.
Lição de carreira: o sucesso gera um apego desproporcional às práticas correntes, diz Trafane. O resultado é que os profissionais podem ficar cegos para novas formas de agir. Ao mesmo tempo, os concorrentes aprendem como combater a estratégia que havia sido vencedora, explica o sócio da Ynner Treinamentos.
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4. Jogos decididos no último minuto
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4/18 (Reuters)
Fato: várias vitórias de times vieram nos últimos minutos das partidas.
Lição de carreira: O mundo empresarial é extremamente competitivo e um pequeno detalhe pode ser a diferença entre vitória e derrota, diz Trafane. Desenvolver uma embalagem melhor, entregar o produto mais rápido, oferecer uma cortesia ao cliente são detalhes que podem significar resultados positivos no fim das contas.
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5. A surpreendente Costa Rica
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5/18 (Getty Images)
Fato: a Costa Rica chegou às quartas de final da Copa e ninguém esperava que ela passasse da primeira fase, já que disputava vaga com campeões mundiais como a Inglaterra, Itália e Uruguai, no chamado grupo da morte.
Lição de carreira: Em um mundo em que o conhecimento se movimenta de forma veloz, o tempo de gestação de um concorrente perigoso é muito mais curto e ele pode aparecer de locais inesperados, diz Trafane. De acordo com ele, desprezar pequenos adversários pode ser a receita para ser surpreendido.
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6. Fim do fator surpresa complicou a vida da Costa Rica
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6/18 (Getty Images)
Fato: já conhecida como adversário forte, a Costa Rica começou seu calvário nas quartas de final. A Holanda se impôs e jogou infinitamente melhor, mesmo que tenha precisado ir até os pênaltis para vencer, diz Trafane.
Lição de carreira: o fator surpresa de quem é novo no mercado e inova é um grande aliado. Mas a fama traz dificuldades, é sempre bom lembrar. A visibilidade pede atenção redobrada, segundo o especialista.
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7. Troca de goleiros da Holanda
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7/18 (Getty Images)
Fato: na quartas-de-final, o técnico da Holanda trocou o goleiro no finalzinho da prorrogação do jogo contra a Costa Rica. Em uma decisão acertada levou seu time para a semifinal do torneio ao apostar em um jogador que estava sendo preparado para uma função especial, diz Trafane. Contra a Argentina, o técnico holandês foi criticado por não ter adotado a mesma postura, já que a disputa foi aos pênaltis e a Holanda perdeu.
Lições de carreira: só líderes corajosos se arriscam em estratégias inusitadas, diz o sócio da Ynner Treinamentos. O inusitado, diz ele, confunde concorrentes e cria vitórias surpreendentes. Outra lição é que há momentos em que só os especialistas conseguem fazer a diferença. É que seus conhecimentos profundos de temas específicos podem levar a vantagens competitivas fundamentais, diz Trafane.
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8. Descontrole emocional tirou jogadores de campo
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8/18 (Getty Images)
Fato: descontrole emocional levou jogadores à expulsão. O caso mais emblemático de ataque de raiva - a mordida de Luis Suarez no italiano Chiellini - no entanto, não teve consequências imediatas porque o juiz não viu, mas baniu o astro uruguaio da Copa e do futebol por meses.
Lição de carreira: O tempo passa e algumas coisas não mudam. Muitos profissionais continuam perdendo espaço e oportunidades por deixarem a emoção tomar conta em momentos em que a razão deveria falar mais alto, diz Trafane.
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9. A reincidência de Suarez
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9/18 (Renata Silva/Setes)
Fato: a mordida em Chiellini, jogador da Itália, não foi a primeira da carreira do uruguaio Suarez. Nem a segunda. Em 2010 e 2013, novamente, ele cravou seus dentes em advesários.
Lição de carreira: em uma contratação, o histórico de carreira é levado em conta. Um comportamento anormal não costuma surgir de uma hora para outra, diz Trafane. Por isso recrutadores fazem um trabalho de investigação, em grande parte das vezes.
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10. Chile mudou a escalação para jogar contra a Espanha
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10/18 (J.P.Engelbrecht/ PCRJ)
Fato: Depois de ter vencido a Austrália, o Chile surgiu com outra escalação para jogar contra a Espanha. Venceu com um time diferente daquele vitorioso contra a equipe australiana. Contra a Austrália, o Chile pode usar um time mais ofensivo, mas isso não significa que deveria ter feito o mesmo contra a Espanha, diz Trafane.
Lição de carreira: situações diferentes pedem estratégias diferentes. Uma estratégia que funciona dentro de uma situação competitiva pode não funcionar na outra, diz o sócio da Ynner Treinamentos.
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11. Buffon assume a responsabilidade pela derrota da Itália
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11/18 (Getty Images)
Fato: O goleiro Gianluigi Buffon da Itália assumiu a responsabilidade pela derrota da Itália contra o Uruguai e consequente eliminação ainda na primeira fase. Não procurou culpados e, mesmo eleito o melhor em campo naquela partida pela Fifa, disse: "às vezes é bom assumir culpas" . A entrevista de Buffon depois da derrota foi uma pérola de consciência e ponderação, diz Yuri Trafane
Lição de carreira: reconhecer erros e melhorar a partir deles é passo fundamental para ter sucesso profissional. Buffon é um dos atletas mais bem sucedidos em atividade no futebol atual. Coincidência?, pergunta o especialista.
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12. Mudança de postura do México resultou em fracasso contra Holanda
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12/18 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Fato: México estava jogando melhor e ganhava a partida contra a Holanda, nas oitavas de final, quando adotou atitude defensiva e colocou tudo a perder.
Lição de carreira: quando o medo de perder é muito maior que a vontade de ganhar, um profissional passa a não correr risco nenhum, sem perceber que, em um mundo competitivo, o maior risco é não correr riscos, diz Yuri Trafane, sócio da Ynner Treinamentos.
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13. Cristiano Ronaldo não pode fazer a diferença
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13/18 (Getty Images)
Fato: Diferentemente de Messi, Roben e Neymar, Cristiano Ronaldo não fez a diferença no seu time. Argentina, Brasil e Holanda têm jogadores que ajudam seus astros. Já o time de Portugal é abaixo da crítica, diz Trafane.
Lição de carreira: um gênio no mundo empresarial só gera impacto se tiver o mínimo de ajuda de colegas que criem condições para que sua genialidade se manifeste, diz Trafane.
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14. Sobram erros na defesa nesta Copa
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14/18 (Getty Images)
Fato: muitos gols aconteceram porque zagueiros quiseram jogar bonito e acabaram errando.
Lição de carreira: em alguns momentos na empresa é necessário deixar de lado o perfeccionismo e fazer as coisas de forma incompleta ou com qualidade baixa, mas fazer, diz Yuri Trafane, da Ynnner Treinamentos.
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15. O silêncio de Benzema durante o hino da França
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15/18 (Getty Images/Getty Images)
Fato: o jogador Karim Benzema, um dos principais astros do time francês, não canta o hino do país porque considera a letra de "A Marselhesa" racista, o que o ofende. Ele é de origem argelina.
Lição de carreira: símbolos empresariais que sejam muito ligados à origem da empresa podem significar barreiras culturais para colaboradores que não se sentem identificados com eles, diz Trafane.
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16. Foco no dinheiro enfraqueceu missão da equipe de Camarões
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16/18 (Getty Images)
Fato: camaroneses estavam focados demais no prêmio em dinheiro e isso foi um fator de enfraquecimento dos propósitos que moviam a equipe, diz Yuri Trafane.
Lição de carreira: dinheiro é um fator de motivação importante, segundo Trafane, mas só isso não é bom. Se houver foco demais nessa variável, os objetivos mais amplos e consistentes perdem força e o resultado tende a não ser bom, diz ele.
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17. Jogadas ensaiadas renderam muitos gols na Copa
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17/18 (Getty Images)
Fato: 21% dos gols na fase de grupos vieram de jogadas ensaiadas.
Lição de carreira: processos claros, treinados com afinco, são um dos ingredientes de uma empresa e de profissionais eficientes segundoTrafane.
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18. Reservas brilharam
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18/18 (Reuters)
Fato: 20% dos gols na fase de grupo da Copa do Mundo de 2014 foram feitos por reservas.
Lição de carreira: em ambientes competitivos, é preciso que todos do time contribuam para que o sucesso seja alcançado, lembra Yuri Trafane, sócio da Ynner Treinamentos.