Luke Ortega, da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil: “Cada pedido de visto é tratado de forma individualizada. O mais importante é se atentar às recomendações oficiais e ser claro e honesto durante o processo” (Embaixada dos EUA no Brasil/Divulgação)
Repórter
Publicado em 26 de setembro de 2024 às 18h40.
Os consulados americanos no Brasil estão enfrentando uma demanda recorde por vistos neste ano. Segundo Luke Ortega, porta-voz da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, só no primeiro semestre deste ano foram emitidos mais de 675 mil vistos, representando um aumento de 17% em relação ao mesmo período de 2023. No último ano o Brasil registrou 1,1 milhão de vistos para brasileiros.
“Esse crescimento reflete o desejo de muitos brasileiros de visitar o país, seja por motivos turísticos, acadêmicos ou de negócios, especialmente após o fim da pandemia, que forçou muitas famílias a adiarem seus planos de viagem”, afirma Luke Ortega, porta-voz da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.
O visto mais comum solicitado pelos brasileiros, segundo Ortega, é o visto de turismo e negócios (tipos B1/B2). “Esses vistos são amplamente utilizados por quem deseja viajar aos Estados Unidos para turismo, participar de eventos de negócios ou outras atividades temporárias”, afirma.
Para atender a essa alta demanda, os consulados estão investindo em recursos e contratando mais oficiais consulares, que normalmente são, em sua maioria, diplomatas americanos.
“Nossos oficiais são servidores públicos dos Estados Unidos, empregados pelo departamento de Estado, e têm como missão facilitar as visitas ao nosso país por meio da emissão de vistos”, afirma Ortega.
Um dos maiores receios de um brasileiro quando vai viajar aos Estados Unidos, não se resume apenas ao câmbio, mas também à aprovação do visto.
Seja o visto para turismo, estudo ou trabalho, o estrangeiro que deseja entrar no país norte-americano precisa passar pela aprovação do Consulado e para isso, precisa pagar o valor de 185 dólares para tentar tirar o visto de turismo e negócios – ou seja, até então nada está garantido.
Não adianta comprar passagem ou fazer a reserva da estadia – nada disso vai garantir que você tenha o visto liberado. O melhor caminho é seguir as condições do Consulado americano para entrar legalmente no país, afirma Ortega.
“Cada pedido de visto é tratado de forma individualizada, por isso reforço que o mais importante é se atentar às recomendações que estão no site e ser claro e honesto durante o processo”, afirma.
Para entrar com pedido do visto americano, seja para turismo, estudo ou trabalho, o solicitante precisa, segundo o CASV:
Na primeira visita ao CASV, será necessário levar os seguintes documentos, segundo o site do serviço oficial de marcação de vistos do Departamento de Estado dos EUA:
Demais documentos devem ser levados de acordo com a necessidade do pedido do visto, uma vez que ele pode ser para estudo, turismo ou trabalho. Para mais informações, acesse o site da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil.
Caso o visto seja negado, Ortega orienta que a pessoa tem o direito de agendar uma nova entrevista. No entanto, ele enfatiza a importância de garantir que todas as informações fornecidas durante o processo sejam corretas e que o solicitante não minta ao preencher os formulários e durante a entrevista.
“O mais importante é de ser claro, ser honesto durante essa entrevista”, afirma.
Uma mudança importante aconteceu após a pandemia no processo de renovação de vistos e muitos brasileiros ainda não se atentaram, segundo Ortega.
“Brasileiros que tiveram o visto expirado nos últimos 4 anos podem renová-lo sem a necessidade de uma nova entrevista, facilitando e agilizando o processo para muitos solicitantes”, afirma.
Neste ano Ortega lembra que é celebrado os 200 anos da relação entre Brasil e Estados Unidos, e para isso os consulados reforçam o compromisso de continuar melhorando o atendimento. “Estamos comprometidos a atender essa demanda, não apenas pelo turismo, mas pelos laços históricos e culturais que unem nossos povos”, afirmou Ortega.