Fila de emprego (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2014 às 11h20.
A taxa de desemprego no Brasil caiu em setembro para 4,9% da população economicamente ativa, o menor índice para este mês nos últimos 13 anos, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego foi meio ponto percentual inferior à do mesmo mês de 2013 (5,4%), que já tinha sido a menor para setembro, e menos da metade de 11,5% do mesmo mês de 2002, quando o indicador começou a ser medido com critérios mais rigorosos.
Também foi inferior à de agosto deste ano (5%) e voltou ao mesmo nível em que estava em julho (4,9%), mas ainda está acima dos 4,3% medido em dezembro do ano passado, quando alcançou seu menor nível histórico para um mês.
De acordo com o IBGE, o número de desempregados nas seis maiores regiões metropolitanas do país, nas quais é medido o índice nacional, era de 1,2 milhão em setembro, sem variação a respeito de agosto, mas em 10,9% inferior ao mesmo mês do ano passado.
O número de empregados nas mesmas seis regiões metropolitanas chegou a 23,1 milhões, sem variação a respeito de agosto deste ano e a setembro do ano passado.
O IBGE também informou que a renda média mensal do trabalhador brasileiro em setembro era de R$ 2.067,10, atingindo um crescimento de 1,5% em relação à do mesmo mês do ano passado.
A taxa média de desemprego no Brasil em 2013 foi de 5,4%, a menor desde 2003, e, pelos dados até agora divulgados e a atual tendência, deve cair ainda mais este ano.
O Brasil conseguiu reduzir os índices de desemprego a seu mínimo histórico,l apesar da crise internacional e do baixo crescimento da economia nacional nos últimos anos.
Após o robusto crescimento de 7,5% em 2010, a alta da economia brasileira foi de 2,7% em 2011, de apenas 1% em 2012 e de 2,3% em 2013. O crescimento projetado para 2014 pelos economistas é de 0,3%.
De acordo com dados divulgados na semana passada pelo Governo, o Brasil gerou em setembro 123.785 novos postos formais de trabalho e no ano criou 904.913 empregos legais, números inferiores aos de 2013 mas suficientes para atender ao crescimento da demanda.
Segundo o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o Brasil, um dos poucos países que conseguiu manter o emprego no meio da crise internacional, vive atualmente uma situação de "pleno emprego" após haver gerado 22 milhões de novos postos formais de trabalho nos últimos dez anos.
A queda do desemprego no Brasil no meio de uma crise que impactou fortemente o trabalho no mundo todo é uma das principais bandeiras da presidente Dilma Rousseff, na campanha com a qual aspira a conquistar um novo mandato nas eleições do próximo domingo.
O índice oficial de desemprego mede o número de pessoas que procura trabalho nas cidades de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, por isso que não leva em conta os já absorvidos pelo setor informal e os que desistiram de procurar emprego.