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Booz Allen demite funcionário que revelou espionagem dos EUA

Edward Snowden foi demitido ontem, informou a Booz Allen em comunicado. A empresa, de consultoria e serviços de tecnologia, atende a Agência Nacional de Inteligência (NSA) e empregava Snowden há três meses


	Edward Snowden durante entrevista para o The Guardian
 (The Guardian via Getty Images)

Edward Snowden durante entrevista para o The Guardian (The Guardian via Getty Images)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 11 de junho de 2013 às 15h22.

São Paulo - Edward Snowden, o jovem funcionário da Booz Allen  - prestadora de serviços para Agência Nacional de Inteligência dos Estados Unidos (NSA) - que vazou informações sobre os programas de espionagem do governo americano, foi demitido ontem, de acordo com comunicado da empresa. 

Dizendo estar agindo em defesa do interesse público e pela proteção da vida privada dos cidadãos, Snowden admitiu ter fornecido detalhes confidenciais sobre como funciona a vigilância praticada pela agência dentro dos Estados Unidos aos jornais The Guardian e The Washington Post. De acordo com ele, milhões de usuários de telefones e internet, inclusive dos sites Google e Facebook, são monitorados pela NSA.

Por conta disso, a empresa para a qual ele trabalhava e que é parceira da NSA decidiu demiti-lo. Em comunicado divulgado hoje, a Booz Allen afirma que Edward Snowden foi funcionário da empresa por menos de 3 meses, e que trabalhava com a equipe do Havaí. “Com um salário de 122 mil dólares anuais, Snowden foi desligado no dia 10 de junho de 2013 por violações do código de ética e da política da empresa”, afirma a companhia no comunicado.

“As novas informações sobre este indivíduo ter admitido o vazamento de informações confidenciais são chocantes e, se precisas, esta ação representa grave violação do código de conduta e de valores da nossa companhia”, acrescenta a Booz Allen, que finaliza o comunicado afirmando que vai trabalhar junto a clientes e autoridades na investigação do caso.

Snowden foi visto pela última vez em Hong Kong, mas se  antecipando a um pedido de extradição para os Estados Unidos, deixou ontem o hotel em que estava hospedado, segundo a Reuters . Os Estados Unidos e Hong Kong têm um tratado de extradição em vigor desde 1998.

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