entrevista de emprego (AndreyPopov/Thinkstock)
Camila Pati
Publicado em 16 de abril de 2019 às 06h00.
Última atualização em 20 de janeiro de 2020 às 11h55.
São Paulo – Os índices macroeconômicos não deram sinais de melhora, mas há uma sensação positiva pairando sobre executivos entrevistados pela consultoria FLOW. “O que vemos é um desengavetar de planos, mas tudo é uma questão de perspectiva”, diz Luiz Gustavo Mariano, sócio da FLOW.
No horizonte de mais de 59% de 100 executivos consultados estão mudanças na equipe. “A dança das cadeiras vai aumentar em 2019”, afirma Mariano. Segundo a pesquisa, 90% dos executivos recebeu ao menos uma proposta de emprego em 2018.
Os profissionais que estão atuando nas áreas prioritárias como, por exemplo, transformação digital e estruturação de capital, são os primeiros a sentir os reflexos de movimentação de mercado. “As empresas vão recrutar primeiro pessoas que já estejam atuando e que, portanto, estão mais atualizadas exatamente nas áreas para que elas precisam de reforço”, diz.
Na linha de frente da redução de custos, assoberbada com o acúmulo de funções e poucos recursos para implementação de projetos, há uma camada de executivos que sente o gosto amargo da falta de governança. Para os profissionais propensos a trocar de emprego e o modelo inadequado de governança é principal fator motivador de um pedido de demissão.
“A governança é a ponte que liga a matriz à operação, e, em muitos casos, não está clara e definida, porque tem sido mesmo difícil definir, com a complexidade dos fatores externos influenciando os negócios”, diz Mariano.
O momento pede revisão da política de remuneração, retenção de profissionais e de mapeamento de sucessão de talentos. Por isso, na opinião do sócio da FLOW, os profissionais de recursos humanos devem retomar a atuação estratégica tanto para manter os bons profissionais em casa como também para atrair as pessoas certas.
“É importante que os profissionais de recursos humanos se apropriem da agenda de liderança, ocupem seu espaço para fazer entender que as pessoas são os principais construtores de vantagem competitiva nos negócios”, diz.
A seguir confira o infográfico com a pesquisa completa: