Sala de aula da Fundação Dom Cabral: encontros presenciais do Odissey (Bruno Magalhães/FDC/Divulgação)
Camila Pati
Publicado em 16 de dezembro de 2017 às 06h00.
Última atualização em 16 de dezembro de 2017 às 06h00.
São Paulo - Um curso de liderança vendido por temporadas e dividido em episódios. Com esse formato inspirado nos modelos das séries de TV, a Fundação Dom Cabral, espera atrair executivos que já tenham experiência para suas salas de aula, a partir de março do ano que vem.
Duas questões nortearam o desenvolvimento do conteúdo programático: quais os desafios de liderar e o que faria um profissional que já seja líder voltar para sala de aula. “Liderança é desenvolvimento contínuo porque acontece dentro de um contexto e ele muda”, diz Adriane.
O foco desta primeira temporada do Odyssey, nome dado ao programa, é a liderança em momentos de transição, via de regra, períodos difíceis e complexos para a gestão de negócios. As inscrições estão abertas.
“É voltado para pessoas que já têm um certo nível de vivência dentro da empresa, que estejam se preparando para assumir uma área maior, uma equipe globalizada e/ou diferente, que estejam questionando práticas ”, diz Adriane Rickli, professora que coordena do Odyssey.
Desafios dessa ordem são o ponto de partida do curso e a ideia é reunir uma turma diversa, com gente de grandes, médias empresas e também de startups. A liderança em um ambiente de diversidade é, aliás, também um dos temas do Odissey.
“É necessário e interessante ter a diversidade. Mas é uma situação que coloca a responsabilidade no líder de ter uma equipe de alta performance formada por pessoas que pensam diferente”, diz Adriane.
Ela também explica que a proposta do Odissey é bem diferente da do curso de MBA. “O MBA é uma formação para gestores que também precisam ser bons líderes. Tem disciplinas clássicas de gestão, estratégia de negócios, finanças. Liderança é uma questão entre outras”, diz a professora.
Já no Odissey, curso de curta duração se comparado ao MBA, a liderança é o grande mote. “São propostas complementares”, diz. No ranking 2017 de escolas de negócios publicado pelo Financial Times, a escola é a melhor do Brasil e a 12ª do mundo.
Ao custo de 26 mil reais, a primeira temporada dura entre quatro e cinco meses. Os encontros presenciais mensais - quatro ao todo - são os episódios. Entre um encontro e outro, estão programadas sessões de Coaching e atividades online.
Segundo Adriana, não é possível fazer o curso “episódios” avulsos. “Quando o aluno se compromete é com a temporada completa. Não dá para vir em um episódio só. Costumo falar que é no esquema da série House of Cards, por exemplo, e não de Black Mirror”, diz a professora. É que nesta última cada episódio é uma história com começo meio e fim, diferentemente de House of Cards.