Homem nervoso com a mão na cabeça (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2013 às 14h45.
São Paulo - A entrevista de emprego é a etapa básica do processo de seleção, e numa empresa grande o candidato passa por pelo menos três sabatinas antes de ser contratado. Embora comum, muita gente ainda perde o sono com a entrevista.
Uma pesquisa com 428 executivos realizada pela Maxim, firma de recrutamento de São Paulo, mostrou que 76% deles admitem que se deixam afetar pela ansiedade.
Eles respondem às entrevistas de uma maneira pior do que seriam capazes e, em alguns casos, perdem a vaga por causa dos nervos — 6% declaram, inclusive, que acabam respondendo de maneira explosiva às indagações do recrutador. Confira a seguir os resultados da pesquisa, as falhas mais comuns e como evitá-las.
Falar demais
Um dos erros mais comuns é dar a versão completa da história de vida. Procure ser conciso e concentre-se nas realizações mais importantes de carreira. “Ressalte os resultados obtidos para o negócio”, diz Carlos Eduardo Altona, sócio da Exec, empresa de seleção de executivos de São Paulo.
Iniciativas para cortar custos e inovações são informações que chamam a atenção do recrutador. Ele também deseja saber se você tem competência para liderar equipes e lidar com ambientes de pressão.
Falar pouco
Tímidos e introspectivos sofrem para se expor. Por insegurança, muita gente restringe suas respostas a um “sim” ou a um “não”. Isso cansa o entrevistador. “Não dá para ficar tentando extrair informações a fórceps”, diz Alexandre Attauah, gerente da Robert Half. Oferecer boas análises permite medir a habilidade de comunicação do profissional e sua capacidade de articular. Portanto, nada de respostas monossilábicas.
Perder a linha de raciocínio
Dificuldade de organizar ideias é o segundo problema mais comum em entrevistas de emprego. Aquele instante em que “dá um branco” se encaixa aqui. O jeito de combater a confusão mental é preparar-se previamente.
Antes da entrevista, relembre de algumas experiências anteriores que podem ser objeto da conversa. Simule a entrevista com um amigo ou com o cônjuge. “Quem se prepara chega mais seguro e minimiza o risco de se perder”, diz Ricardo Basaglia, diretor da Michael Page.
Reagir às perguntas de forma explosiva
A maioria dos recrutadores diz que nunca se deparou com um candidato estourado. Os casos assim são de pessoas que, ao sentirem-se acuadas durante a entrevista, acabam reagindo de maneira exageradamente agressiva. A única dica possível é: controle-se. Ninguém vai contratar um profissional que estoura diante do primeiro sinal de pressão.