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Da Redação
Publicado em 7 de julho de 2015 às 11h32.
Se o caro leitor for pesquisar na internet, vai descobrir que um dos temas sobre o qual mais se escreveu em 2014 foi responsabilidade social.
Desenvolve-se em todo o planeta uma onda que alerta que, além dos negócios, empresários e executivos devem agir para que as corporações sejam socialmente responsáveis em relação a todos os grupos sobre os quais exercem influência: acionistas, funcionários, fornecedores, clientes, comunidades vizinhas, a cidade, a natureza e o planeta.
Essa onda se desdobra em vários temas, tais como a liderança cidadã, o capitalismo consciente, o comércio justo e outros que começam a dominar a mídia e a chamar a atenção da opinião pública.
Trata-se de uma disseminação fundamental, mas meu receio desses movimentos é que as pessoas em geral entendam que esse é um assunto para empresários de renome, grandes companhias e novas empresas da era digital.
Na verdade, responsabilidade social é uma demanda que envolve todos nós, sem exceção de raça, cor, sexo ou preferência futebolística. É importante perceber isso.
Ser socialmente responsável, na minha visão, é demonstrar um genuíno interesse pelas pessoas por meio de ações que gerem o comprometimento, que obtenham a colaboração de outros ou que promovam o crescimento das pessoas à sua volta.
O que se espera de você como um cidadão socialmente responsável é que, no seu perímetro social, na sua zona de influência, você procure se esforçar para que os que estão a seu redor cresçam, compartilhando com eles valores e conhecimento.
Outra forma de ser socialmente responsável é estimular as pessoas em volta a se comprometer com um projeto, um processo, uma ideia, uma causa. Você pode conseguir isso com pouco esforço.
Basta estar disponível para as pessoas, saber ouvi-las, não perder nenhuma oportunidade de ensinar e de compartilhar conhecimento. Para fazer com que essas pessoas cresçam, reforce a autoestima delas com elogios puros e verdadeiros.
Você pode e deve ser socialmente responsável em todos os seus papéis na sociedade: como profissional e também como pai ou mãe, como cônjuge ou ainda como filho ou filha.
O que você não pode é empurrar com a barriga e ficar achando que ser socialmente responsável é para os outros.
É com você também.
*Luiz Carlos Cabrera escreve sobre carreira, é professor da Eaesp-FGV, diretor da Amrop Panelli Motta Cabrera e membro do Advisory Board da Amrop International