São Paulo - Mestrado, doutorado, MBA, especializações. Opções não faltam para quem está pensando em fazer uma pós-graduação. Mas como saber qual opção é a mais indicada para a sua carreira?
Segundo Rafael Souto, presidente da consultoria Produtive, é difícil se orientar com tantas opções de cursos e qualificações disponíveis no mercado. “Existe um alto risco de você perder tempo ou se afastar da sua área de atuação”, afirma.
Um ponto a ser considerado é que o mercado de trabalho tem valorizado profissionais com “perfil em T”, de acordo com Souto. Ter uma base “horizontal” de conhecimentos sobre todas as áreas de um negócio, mas também contar com uma única competência “vertical” ou especializada, é a fórmula mais desejada pelos empregadores.
A regra da complementaridade
Dentro dessa lógica, a pós-graduação ideal é justamente aquela que complementa a visão generalista do profissional com conhecimentos técnicos, ou vice-e-versa.
“Imagine o caso de uma pessoa formada em um curso generalista como administração e que deseja atuar no mercado financeiro”, diz Souto. O conselho dele seria reforçar a sua formação técnica com uma pós-graduação específica que se aprofunde em finanças - e não um curso voltado a gestão de forma ampla.
A mesma ideia de complementaridade vale para um exemplo inverso. “Se você é graduado em economia e quer trabalhar com finanças, aí vale uma curso mais generalista, que dê uma visão geral sobre negócios”, explica Souto.
De olho no alvo
Acertar na escolha da pós-graduação também depende da clareza dos seus objetivos profissionais. “Se você quer trabalhar no meio acadêmico, mestrado e doutorado são as opções mais indicadas; se a sua ideia é ir para o mercado, então um MBA ou especialização fazem mais sentido”, afirma o especialista.
É claro que não existem regras absolutas, pondera Souto. Uma pesquisa recente da Produtive identificou que as pós-graduações “stricto sensu”, como mestrado e doutorado, são mais raras entre os executivos e rendem salários mais altos.
“Alguém que deseja atuar em uma empresa, e não na sala de aula, também pode optar por um mestrado, principalmente se o seu objeto de pesquisa tiver a ver com o seu dia a dia no trabalho”, explica Souto.
A hora certa
Outro ponto a ser avaliado é o momento adequado para cada etapa da sua formação. “É um tema polêmico, mas não aconselho ninguém a fazer um MBA ou um mestrado logo depois de se formar”, diz o especialista.
Para ele, o profissional deve começar com uma especialização antes de partir para programas mais aprofundados. “Você precisa dar tempo ao tempo, para conseguir aplicar o que está aprendendo na pós, e também para checar o seu próprio interesse pela área”, diz o especialista.
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1. Eles começaram cedo
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1/10 (Getty Images)
São Paulo - Para a maioria das pessoas, subir degraus na
carreira é um processo lento e gradual. Não para os executivos que você verá nesta galeria. Assumindo precocemente posições de liderança de empresas como
Google,
IBM e
TAM, eles tiveram uma escalada rápida por vários motivos. Confira a seguir.
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2. Rodrigo Kede, presidente da IBM Brasil
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Aos 40 anos de idade, Kede é o presidente mais jovem da história da IBM. Ele começou na empresa como estagiário, em 1993. A ascensão foi rápida: aos 33 anos, já era diretor financeiro da multinacional. “As pessoas foram me conhecendo e acabou sendo natural”,
comentou ele em palestra da Fundação Estudar. O segredo? "Logo que me formei, estava muito mais focado em desenvolvimento do que em chegar a qualquer cargo ou função”, diz ele.
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3. André Esteves, presidente do BTG Pactual
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3/10 (Alessandro Shinoda)
Em 2006, Esteves se tornou o mais jovem bilionário brasileiro, aos 37 anos de idade. A ambição é um dos principais combustíveis por trás da carreira acelerada do executivo. "Se você for um ótimo executor mas não tiver muitas aspirações, terá apenas um ‘pequeno bom negócio’ para o resto da vida”,
disse em palestra promovida pelo site Na Prática.
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4. Leonardo Byrro, presidente da Cremer
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4/10 (Divulgação)
Aos 34 anos, Byrro é um dos mais jovens presidentes de empresas listadas pela Bovespa. Três anos depois de entrar na Cremer, foi indicado para ocupar a presidência. Uma das razões para o seu crescimento rápido foi ter abraçado responsabilidades que originalmente não eram suas. "Se te dizem para fazer A, B ou C, não significa que você deva se restringir a isso”, disse em
palestra a Fundação Estudar.
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5. Claudia Sender, presidente da TAM Linhas Aéreas
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5/10 (Omar Paixão / VOCÊ S/A)
Claudia assumiu a presidência da TAM aos 38 anos. Sob seu comando, a taxa de ocupação dos voos domésticos da empresa passou de 68,48% no primeiro semestre de 2012 para 77,51% no mesmo período de 2013, segundo a Anac. Para ter conseguido galgar níveis hierárquicos - deixando para trás obstáculos como o machismo - a executiva tem uma explicação simples: "A competência tende a ultrapassar qualquer barreira",
disse ela em evento do site Na Prática.
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6. Marissa Mayer, presidente do Yahoo!
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6/10 (Brian Ach/Getty Images)
Depois de atuar por mais de uma década no Google, a executiva assumiu a presidência do Yahoo! aos 37 anos de idade. A carreira está em uma posição central na vida de Marissa. "Minhas prioridades são Deus, minha família e o Yahoo!, mas como eu não sou tão religiosa assim, então são só a minha família e o Yahoo!",
disse ela ao SFGate.
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7. Mark Zuckerberg, presidente do Facebook
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7/10 (Rick Wilking/Files/Reuters)
Hoje com 30 anos de idade, Zuckerberg é exemplo clássico de profissional com ascensão meteórica. Em pouco tempo, ele viu o site que criou com colegas de Harvard se transformar em um império bilionário. “Sempre vejo como posso melhorar, geralmente não estou feliz com as coisas como elas estão",
disse ele à Bloomberg Business Review. Zuckerberg aparece há anos na lista das 100 pessoas mais ricas e influentes do mundo da revista Time.
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8. Larry Page, presidente do Google
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8/10 (Justin Sullivan/Getty Images)
Ocupando a 1ª posição no
ranking da Forbes dos presidentes de empresa mais poderosos com menos de 40 anos, Page começou sua carreira ao lado de seu ex-colega de faculdade, Sergey Brin. Atualmente com 41 anos de idade, o executivo está à frente de uma das empresas mais lucrativas do mundo. Sobre seus próprios padrões de sucesso, Page
disse à Fast Company: "você pode achar que o Google é ótimo, mas eu acho que ele é péssimo".
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9. Andrew Wilson, presidente da EA (Electronic Arts)
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9/10 (Getty Images/ Kevork Djansezian)
Classificado em 6º lugar na
lista de presidentes com menos de 40 anos mais poderosos da Forbes, Wilson está à frente da multinacional de jogos eletrônicos EA (Electronic Arts). "É a minha paixão pelas nossas pessoas e produtos me dão tanto entusiasmo",
disse Wilson. Aos 39 anos de idade, ele foi descrito como um "comunicador instigante e carismático" no
comunicado oficial da EA que anunciou sua chegada à presidência. “Para fazer um videogame, você precisa ser um apaixonado",
declarou ele à revista Fortune.
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10. Veja agora 10 presidentes de empresas com começo de carreira inusitado
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10/10 (Flickr/Creative Commons/Collin Anderson)