A autoanálise que você deve fazer antes de uma negociação (Medioimages/Photodisc/Thinkstock)
Camila Pati
Publicado em 29 de novembro de 2016 às 06h00.
Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 06h00.
São Paulo – Tomar decisões profissionais melhores. Em resumo, esse é o valor do autoconhecimento no mundo do trabalho. “Se eu escolher, por exemplo, um emprego somente porque eu vou ganhar um alto salário, as chances de eu me frustrar com a prática profissional são enormes”, diz Daniela Lemes, responsável pelo programa de autoconhecimento da Fundação Estudar.
Felicidade no trabalho envolve mais fatores do que salário (valores culturais compatíveis, propósito) e ponderá-los depende de autoconhecimento. Além disso, refletir sobre e praticar o autoconhecimento são os primeiros passos para sair da zona de conforto comportamental.
“É muito comum que, no dia a dia, de trabalho a gente acabe sendo engolido pelo cotidiano. Quando a gente entra no piloto automático, acabamos não pensando nas nossas atitudes. Ou seja, as nossas características boas e ruins acabam ficando por ali, acomodadas”, explica Daniela.
Aperte o play nos vídeos abaixo e descubra mais sobre você, mesmo sem aderir a uma terapia.
Além do seu nome, idade, da faculdade em que estudou e do local onde trabalha ou já trabalhou o que mais você diria em uma apresentação de dois minutos para um potencial empregador?
Eu sei que muita gente prefere falar até de física quântica do que falar de si mesmo – mas isso é normal, porque somos muito complexos. E esses rótulos pré-concebidos nos limitam e não nos diferenciam de ninguém”, diz Daniela Lemes, responsável pelo programa de autoconhecimento da Fundação Estudar.
Neste vídeo, ela sugere um exercício de reflexão para quem quer explorar outras facetas sobre si mesmo.
Ter as respostas para estas perguntas pode ajudar desde a ter uma autopercepção mais completa até a ir bem numa entrevista de emprego, segundo Daniela.
Episódio 2: Minha história
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Não há como escapar: somos fruto do conjunto de nossas experiências. Por isso, investigar a própria trajetória é o segundo passo sugerido pela responsável pelo programa de autoconhecimento da Fundação Estudar, Daniela Lemes, em direção ao autoconhecimento.
“Experimente construir numa folha em branco a sua linha da vida e anote ou desenhe nela todos os momentos que mais o marcaram, seja na infância, na adolescência ou o momento atual”, indica. Marque experiências doces e também amargas.
Reflita por que são momentos marcantes, relembre atitudes e tente responder o que cada um dos eventos diz sobre você hoje. A ideia é chegar à raiz das suas principais características e, assim, potencializar pontos fortes e minimizar os fracos.
Episódio 3: buscando feedbacks
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Autopercepção apenas não basta e no terceiro vídeo Daniela fala sobre a importância de ouvir o que as outras pessoas pensam ao seu respeito. Vale conversar com alguém da família, um amigo da faculdade e um colega de trabalho.
“Peça para que respondam duas perguntas: (1) o que você acha que eu faço muito bem? e (2) o que você acha que eu preciso melhorar?” Além de sinceridade, peça exemplos.
Como se sente em relação às respostas? O que você quer abandonar e o que deseja aperfeiçoar?
Episódio 4: mapa da felicidade
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Substantivo abstrato, a felicidade é buscada por muitos, mas poucos descobrem o que fazer, na prática, para chegar até ela. De acordo com Daniela Lemes, cinco perguntas dão contornos mais realistas à busca, resultando num mapa da felicidade:
1) Afinal, o que é ser feliz para você?; 2) Quais lugares te trazem mais bem-estar?; 3) Quais atividades dão mais prazer para você?; 4) Com que tipos de pessoas você mais se sente bem?; 5) O que traz a sensação de brilho no olho?
Segundo ela, é importante escrever absolutamente tudo que vier à cabeça, sem a preocupação em conectar todos os elementos. “A ideia é justamente mapear o maior número de elementos que possam te trazer essa sensação de felicidade”, diz Daniela.
Na prática, o mapa ajuda a escolher a melhor opção de trabalho, a partir da análise de ambiente, atividades e sensações.
Por exemplo: essa ferramenta pode te ajudar a decidir a melhor opção de trabalho, pois com ela você consegue analisar ambiente, atividades e sensações, tudo em uma mesma escolha. E aí, o que te faz feliz?
Episódio 5: Qual marca eu quero deixar?
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“É um fato invariável: alguma marca, seja boa ou ruim, você vai deixar”, diz Daniela Lemes, responsável pelo programa de autoconhecimento da Fundação Estudar.
A sua marca é o que faz as pessoas lembrarem de você. Tente descobrir o que faz com que você seja lembrado hoje pelos outros e pense se isso está alinhado ao que você quer deixar de impressão no mundo.
“A ideia é que você tenha ciência sobre o que você tem feito até hoje, entenda se você fica contente com essa percepção, e pense em como você quer que isso se construa daqui para frente”, diz Daniela Lemes, da Fundação Estudar. Mais do que um exercício pontual, essa deve ser uma prática diária, de acordo com ela.