Carreira

CNI: indústria enfrenta falta de mão de obra qualificada

Para presidente do órgão, Pronatec mostrou-se uma iniciativa 'extremamente acertada' para a superação desses desafios do país

Trabalhadores (foto/Getty Images)

Trabalhadores (foto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2014 às 09h04.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, afirmou nesta quarta-feira, 18, que uma pesquisa realizada pela entidade revelou que 65% das indústrias brasileiras enfrentam problemas com a falta de qualificação dos seus trabalhadores.

Andrade apresentou o dado durante a cerimônia de lançamento da segunda fase do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, o chamado Pronatec 2.0, que deve entrar em vigor a partir de 2015, em um eventual segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. O objetivo do programa é aumentar o número de vagas de educação profissional oferecidas em institutos federais, escolas técnicas vinculadas a universidades federais, redes estaduais e o Sistema S (Senai, Senac, Senar e Senat).

Destacando a importância do programa e as carências do Brasil com a qualificação da mão de obra, Andrade afirmou que "ampliar a base de conhecimento (da população) é fundamental". "Precisamos superar a pauta de exportação baseada em itens industriais de baixo valor agregado em favor de itens de alta tecnologia", declarou. "A indústria defende trazer a educação de qualidade e profissional para a política de Estado", acrescentou.

Para Andrade, o Pronatec mostrou-se uma iniciativa "extremamente acertada" para a superação desses desafios do país. "Não tenho dúvidas de que o Pronatec 2 representa uma conquista para milhões de brasileiros, que poderão crescer profissionalmente", concluiu.

Diálogo

O presidente da CNI afirmou ainda que a presidente Dilma tem ouvido o setor produtivo na elaboração da política econômica. De acordo com ele, o Pronatec 2.0 é "mais uma prova do diálogo com o setor privado, em especial a indústria".

Para Andrade, a presidente "procura para ouvir propostas". "O governo ouviu o setor produtivo ao criar o Pronatec e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Essas e outras medidas cruciais têm permitido uma melhor sintonia entre as políticas públicas e o setor produtivo", disse.

Dilma se reúne na tarde desta quarta com o Fórum Nacional da Indústria, transferida da sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para o Planalto a pedido da presidente.

O governo deve aproveitar o encontro para atender parte das reivindicações feitas pelo setor produtivo no fim de maio e também sinalizar com medidas futuras. Dilma deve anunciar alterações no chamado Refis, reduzindo o "pedágio" para adesão ao programa de refinanciamento de dívidas fiscais, além de comunicar a retomada do programa de devolução de parte dos impostos pagos por exportadores (Reintegra). Também é previsto o anúncio da extensão, até o fim de 2015, do Programa de Sustentação de Investimentos (PSI), criado em 2009 para conter a crise financeira global, que já desembolsou R$ 283 bilhões até abril deste ano com juros subsidiados pelo Tesouro.

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