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Clube CHRO: quais serão os desafios do RH para 2025?

O primeiro clube CHRO deste ano tratou temas como alfabetização digital, saúde mental, entre outros desafios do mercado de trabalho

Participantes do primeiro Clube CHRO de 2025 (Eduardo Frazão/Exame/Exame)

Participantes do primeiro Clube CHRO de 2025 (Eduardo Frazão/Exame/Exame)

Publicado em 28 de janeiro de 2025 às 17h39.

Última atualização em 29 de janeiro de 2025 às 09h27.

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Com a previsão de criação de 170 milhões de novos postos de trabalho até 2030, as empresas têm o desafio de equilibrar a adoção tecnológica com a valorização e capacitação de suas equipes, pavimentando um caminho para um mercado mais dinâmico, inovador e inclusivo - é o que diz o estudo "Futuro do Trabalho" do Fórum Econômico Mundial divulgado neste mês.

Esse foi o tema do primeiro clube CHRO realizado na última quarta-feira, 22, no restaurante Rubayat Faria Lima, em São Paulo. O evento é realizado pela EXAME e conta com o apoio da Alelo, empresa de benefícios corporativos.

Durante o evento, foram discutidos diferentes desafios que o departamento de Recursos Humanos deverá ter neste ano, entre eles:

Eficiência operacional como prioridade estratégica

Um relatório da Gartner revelou as prioridades estratégicas dos CEOs para 2025. De acordo com o estudo, eficiência operacional foi destacada como a principal prioridade, apontada por 62% dos CEOs entrevistados. Esse número representa o maior índice registrado nos últimos 10 anos, desde 2014, afirma Bruno Leonardo,

“Essa pressão tem impacto direto nas decisões de RH, desde a alocação de recursos até o desenho organizacional. Empresas estão buscando um equilíbrio entre eficiência e inovação, ao mesmo tempo que enfrentam desafios como a escassez de talentos e altos custos de recrutamento”, afirma Bruno Leonardo, vice-presidente de Educação Corporativa do Grupo EXAME.

Alfabetização digital e cultura de dados

Um tema transversal no encontro foi a necessidade da alfabetização digital. Com a rápida adoção da inteligência artificial, surge a necessidade das empresas em preparar funcionários para usarem tecnologias de forma eficiente e segura. Segundo estudo do Fórum Econômico Mundial, 78% dos trabalhadores buscam oportunidades de qualificação fornecidas por seus empregadores, em contraste com o cenário anterior em que o funcionário era o principal responsável por seu desenvolvimento.

“Hoje, a alfabetização digital é um pilar estratégico para a empresa e para o profissional, não apenas para prevenir riscos operacionais, mas também para promover a tomada de decisões baseadas em dados”, diz Camila Securato, diretora de vendas da Exame / Saint Paul Escola de Negócios (que agora faz parte do Grupo EXAME).

Desenvolver líderes

Um consenso entre os participantes é que, em 2025, o foco principal será desenvolver líderes inspiradores, capazes de equilibrar a gestão de processos e o cuidado com pessoas. Os gestores precisam de suporte para liderar em um ambiente marcado por pressões como estruturas enxutas, transformação digital e a integração da inteligência artificial.

“A prioridade para este ano é clara: promover o desenvolvimento de competências que transcendam as habilidades técnicas, incluindo a inteligência emocional e a capacidade de formar conexões significativas”, afirma Adriano Lima, mentor e embaixador do clube CHRO.

O autocuidado no RH e a saúde mental como prioridade

A saúde mental é outro tema que segue em destaque nas reuniões de RH – incluindo funcionários de todas as áreas, inclusive de recursos humanos.

A reflexão sobre “quem cuida de quem cuida?” reforçou a necessidade de implementar programas de saúde mental e autocuidado voltados especificamente para os profissionais de recursos humanos, que são muito impactados pela pressão por resultados e mudanças estruturais.

“Muitas das vezes, discutimos estratégias para dentro da organização, mas não para dentro do RH. Precisamos refletir e cuidar de quem cuida”, afirma Leonardo.

ESG e a permanência da agenda de diversidade e sustentabilidade

Embora o cenário internacional mostre uma retração em investimentos em ESG (Environmental, Social, and Governance) por algumas big techs, líderes brasileiros reforçaram a importância de manter essa pauta.

“Precisamos evoluir quando um movimento como esse acontece. Fato é que avançamos e que o contramovimento sempre vai existir. Isso nos lembra que, para cada mudança significativa—seja no contexto social, político, cultural ou organizacional—há uma resposta ou resistência que surge naturalmente. Vamos precisar fazer conversas que mostram mais o resultado da prática do que da teoria”, afirma a CHRO Mafoane Odara.

O Clube CHRO é um espaço seguro e intimista para interação de líderes de RH e está aberto à participação.

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