Adotar hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e atividade física regular, pode aumentar as chances de uma vida longa e plena. (Getty Images)
Redator na Exame
Publicado em 16 de outubro de 2024 às 08h28.
O desejo de viver mais e com qualidade é compartilhado por muitas pessoas e especialistas em longevidade. Embora existam inúmeras informações e conselhos sobre o assunto, algumas mudanças simples na rotina podem ajudar a aumentar suas chances de viver até os 100 anos. A seguir, confira cinco hábitos que podem contribuir para uma vida mais longa e saudável. As informações são da CNBC.
A dieta é um dos fatores mais influentes na longevidade. Valter Longo, que estuda a longevidade há 20 anos, recomenda um padrão alimentar semelhante à dieta mediterrânea. Essa dieta é rica em alimentos de origem vegetal e inclui:
Longo e Dan Buettner, que estuda comunidades de longevos nas chamadas “zonas azuis”, também recomendam o jejum intermitente. Eles sugerem comer apenas dentro de uma janela de 10 a 12 horas diárias, como entre 8h e 20h. Esse tipo de jejum, aliado a uma alimentação equilibrada, pode trazer benefícios à saúde e prolongar a vida.
A prática de exercícios físicos é essencial para a longevidade. De acordo com o Estudo de Centenários de New England, para aumentar as chances de viver até os 90 anos, recomenda-se realizar exercícios aeróbicos três vezes por semana e treinos de força duas vezes por semana.
Nas zonas azuis, onde as pessoas vivem mais, as atividades físicas são, em geral, de baixa intensidade, mas são realizadas diariamente. Os habitantes dessas regiões caminham, cuidam de jardins e realizam tarefas manuais, garantindo movimento contínuo e menos extenuante ao longo do dia.
A fé e a espiritualidade são comuns entre os centenários. Segundo Buettner, entre os 263 centenários que ele entrevistou, apenas cinco não faziam parte de uma comunidade religiosa. Ele explica que frequentar uma igreja, templo ou mesquita está associado a um aumento na expectativa de vida entre quatro e catorze anos.
Acreditar em algo maior ajuda a encontrar um propósito e sentido na vida, contribuindo para a longevidade e felicidade. De acordo com o especialista em felicidade Arthur C. Brooks, aqueles que têm uma filosofia de vida ou crença religiosa tendem a ser mais satisfeitos e felizes.
Manter relacionamentos saudáveis é considerado o fator mais importante para uma vida longa e feliz, de acordo com um estudo de 86 anos da Universidade de Harvard. A pesquisa sugere que fortalecer e nutrir conexões significativas é essencial para o bem-estar, algo que os pesquisadores chamam de “aptidão social”.
Nas zonas azuis, as pessoas dão prioridade aos relacionamentos, dedicando tempo e atenção aos amigos e familiares. Buettner ressalta que ter amizades e parcerias sólidas ajuda os longevos a evitar hábitos prejudiciais e adotar um estilo de vida saudável.
Ter um propósito é fundamental para a longevidade, conforme observado em Okinawa, Japão, uma das zonas azuis. O conceito de “ikigai”, que significa “razão de ser”, é parte essencial da cultura local e se reflete no compromisso diário com atividades que tragam satisfação e significado.
Segundo Buettner, pessoas com propósito de vida tendem a viver cerca de oito anos a mais. Além disso, o Estudo de Desenvolvimento Adulto de Harvard revela que o aprendizado contínuo e o desenvolvimento pessoal também contribuem para uma vida longa e saudável. Adotar uma mentalidade de crescimento, investindo em educação e aprendizado ao longo da vida, pode ser a chave para um envelhecimento feliz e pleno.
Esses cinco hábitos, que combinam saúde física, propósito e relacionamentos, são orientações baseadas em pesquisas científicas e podem ser aplicados na rotina para aumentar as chances de uma vida longa e satisfatória. Ao incorporar essas práticas, você pode estar investindo não apenas na extensão, mas também na qualidade dos seus anos futuros.