Rotina de todos os chefs divide-se mais ou menos da mesma forma: estudos, festivais gastronômicos e seus restaurantes (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 18h34.
São Paulo - Em julho, o chef-artista dos chefs-artistas, o catalão Ferran Adrià, serviu a última refeição de seu estrelado El Bulli. Agora, dedica-se a uma fundação voltada exclusivamente à pesquisa. Na época, deu algumas entrevistas sobre o que pensava haver virado a sua profissão. Falou, por exemplo, que precisaria de uma vida toda só para estudar os tomates. E comparou, sem ressalvas, a gastronomia à arte: “Você pode imaginar as pessoas comendo uma pintura? Esse é provavelmente o sonho dos artistas e algo que nós, chefs, podemos realizar”. A declaração tem um quê de pretensiosa e sensacionalista sim. Mas é sintomática de uma aproximação que vem fazendo cada vez mais sentido mesmo.
Ser chef hoje significa muito mais do que cuidar de um restaurante. E olha que isso não é pouco, hein! Um bom chef precisa também estar disposto a uma constante pesquisa para descobrir novos ingredientes – e também para chegar a formas inéditas de preparo das matérias-primas já conhecidas. Precisa ainda desenvolver um “conceito” para sua cozinha escorado em criatividade e originalidade.