Carreira

Da zona de conforto para o site de móveis Mobly

A engenheira Simone Geurgas tinha um bom emprego, numa empresa reconhecida, mas se sentia estacionada na zona de conforto — até receber uma ligação para mudar de vida

Simone Geurgas, da Mobly: troca arriscada de emprego em busca de adrenalina na carreira (Camila Fontana / VOCÊ S/A)

Simone Geurgas, da Mobly: troca arriscada de emprego em busca de adrenalina na carreira (Camila Fontana / VOCÊ S/A)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 14h32.

São Paulo - Tudo começou com uma ligação. “Simone, meu nome é Victor Noda, sou da Mobly, do grupo Rocket (de investidores e empreendedores de negócios na internet).” O contato pegou Simone Geurgas, gerente de pesquisa e desenvolvimento de produto da Pernambucanas, de surpresa. Mesmo assim, Simone aceitou o convite para uma conversa.

Quando chegou ao restaurante onde haviam marcado o encontro, a gerente deparou com um jovem de 30 anos, calça jeans e camiseta. Victor tinha uma proposta de trabalho. O projeto era abrir uma loja de móveis online em dois meses e montar um portfólio de 5.000 produtos. Não havia nada pronto. Nem escritório nem contrato com fornecedores e tampouco funcionários. “Você aceita?”, perguntou Victor.

O dilema

A ligação de Victor aconteceu em junho de 2011. Simone tinha 36 anos e já havia feito algumas mudanças de carreira. Nenhuma delas tão incerta. Formada em engenharia civil, foi trabalhar para uma pequena construtora. Pediu demissão depois de alguns meses e foi fazer um curso de design de interiores.

Conseguiu um emprego no McCafé para instalar os móveis nas lojas da rede. Saiu de lá para ir trabalhar na Tok&Stok como supervisora de produtos. Em 2005, trocou a Tok&Stok por uma vaga na área de compras da Avon, de onde partiu, antes de completar dois anos, para assumir a gerência de produto na Pernambucanas.

Depois de três anos, foi promovida a gerente de desenvolvimento de coleção. “O trabalho era pesquisar tendências de moda. Eu gostava do dia a dia, mas perdi a adrenalina das negociações.” Foi quando Victor ligou.

A decisão

“Liguei para o Victor e falei: ‘Quero conhecer o escritório da Rocket’. Cheguei lá, havia duas salas e algumas pessoas. Eu estava saindo de uma empresa com 15.000 funcionários. O salário oferecido era bom, mas o que me motivou foi o desafio. Percebi que não teria problema em dar uns passos atrás na carreira caso as coisas não dessem certo."

"No começo, nenhum fornecedor acreditava que as pessoas comprariam móveis pela internet. Lançado o site, a procura foi grande e os contratos de fornecimento pipocaram. Hoje, sou diretora comercial de um site com 324 funcionários, 500 fornecedores e 45.000 produtos cadastrados.” 

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