Redator na Exame
Publicado em 2 de outubro de 2024 às 13h22.
Aos 40 anos, Sarah Paiji Yoo, CEO e cofundadora da Blueland, uma empresa de produtos de limpeza sustentáveis, identifica uma característica que considera fundamental ao contratar novos funcionários: a colaboração. Para ela, a ausência dessa qualidade é um sinal de alerta importante nas equipes. Funcionários que evitam a colaboração, mesmo sendo tecnicamente qualificados, podem impactar negativamente o moral da equipe, a produtividade e as relações no ambiente de trabalho. As informações são da CNBC.
Paiji Yoo afirma que prefere evitar profissionais que adotam uma postura de especialistas e tentam tomar decisões sem considerar a opinião dos demais. Para ela, é essencial que todos os membros da equipe estejam abertos a diferentes pontos de vista e entendam que a diversidade de opiniões pode levar a melhores resultados.
Essa abordagem, que promove a colaboração, não é apenas uma questão de relacionamento interpessoal, mas também uma vantagem competitiva. Segundo Heidi K. Gardner, especialista em liderança e pesquisadora da Harvard Law School, pessoas colaborativas tendem a entregar resultados de maior qualidade, alcançar promoções mais rapidamente e serem mais reconhecidas pela liderança.
Em 2019, Paiji Yoo fundou a Blueland e, ainda no mesmo ano, participou do programa “Shark Tank”, onde apresentou sua startup aos investidores do show. Na ocasião, ela conseguiu um investimento de US$ 270 mil (R$ 1,46 milhão) em troca de 3% da empresa, além de um acordo de royalties com Kevin O’Leary.
Desde então, a Blueland cresceu, alcançando US$ 35 milhões (R$ 189,7 milhões) em financiamentos e mais de US$ 100 milhões (R$ 542,6 milhões) em vendas acumuladas até 2022. Paiji Yoo atribui parte desse sucesso à colaboração contínua com O’Leary, com quem mantém contato frequente para discutir o andamento do negócio. Segundo ela, essa relação exemplifica a importância de manter um diálogo aberto e evitar uma abordagem puramente transacional.
Para Paiji Yoo, é crucial que os profissionais evitem se comunicar apenas quando precisam de algo, como enviar mensagens curtas ou se limitar a conversas transacionais. Ela defende que manter uma mente aberta e presumir boas intenções são atitudes essenciais para construir um ambiente de trabalho colaborativo e inovador.
Stanford, especialista em comunicação, complementa essa visão ao afirmar que a influência no ambiente de trabalho é conquistada ao encontrar aliados e oferecer apoio genuíno aos colegas, destacando a importância de ouvir atentamente e responder de maneira construtiva.