Em 2025, um novo marco marcará a carreira militar no país: mulheres poderão de forma voluntária se alistarem para servir o Brasil nas Forças Armadas (Roberto Stuckert Filho/PR/Divulgação)
Repórter
Publicado em 29 de agosto de 2024 às 18h59.
Última atualização em 29 de agosto de 2024 às 19h01.
Em 1574, o serviço militar passou a ser obrigatório para homens entre 14 e 60 anos de idade no Brasil, segundo o serviço militar do exército brasileiro. Em 2025, um novo marco marcará a carreira militar no país: mulheres poderão de forma voluntária, ou seja, não obrigatória, se alistarem para servir o Brasil nas Forças Armadas.
O decreto nº 12.154 foi assinado pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, nesta terça-feira, 27. A iniciativa foi celebrada durante o evento dos 25 anos do Ministério da Defesa, realizado em Brasília.
Serão ofertadas 1.500 vagas para mulheres militares entre 1 de janeiro a 30 de junho de 2025. As selecionadas serão anunciadas no mesmo ano. A incorporação a uma das organizações militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, será realizada a partir de 2026. Segundo o Ministério da Defesa, para a incorporação, será levada em consideração a necessidade de cada Força.
O alistamento terá duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por um período de 8 anos. As mulheres, segundo a pasta, receberão as mesmas instruções e desempenharão as mesmas funções dos homens. “Os treinamentos físicos serão semelhantes, porém os índices dos testes de avaliação serão diferentes”, afirmou o Ministério da Defesa em nota.
As mulheres que desejarem seguir uma carreira militar irão precisar:
As mulheres que engravidarem durante a prestação do serviço militar, segundo o Ministério da Defesa, serão assistidas pela Lei nº 13.109, de 25 de março de 2015, que defende:
Os municípios contemplados pela medida serão definidos pelas Forças Armadas ainda em 2024, e serão publicados no Diário Oficial da União.
O alistamento feminino representa uma nova forma de acesso às Forças Armadas, anteriormente oferecido somente aos homens, mas o Ministério da Defesa reforça que as mulheres já integram as Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) por meio de concursos públicos e seleções para temporários, atuando em áreas como saúde, ensino, logística e operacional.
Atualmente, há 37 mil mulheres nas Forças Armadas, o que representa cerca de 10,5% do efetivo total.