Remuneração: trabalhadores remotos no Brasil tiveram aumento de 15% nos salários em novas vagas (Malte Mueller/Getty Images)
Repórter de Carreira
Publicado em 17 de fevereiro de 2023 às 15h20.
Última atualização em 17 de fevereiro de 2023 às 15h49.
Em um ano marcado pela inflação e por movimentos como a Grande Demissão, o Brasil foi o terceiro país no mundo com maior aumento salarial para vagas de trabalho remoto em 2022.
Pelo menos é isso que aponta a terceira edição do Relatório sobre Contratações Globais realizada pela Deel, empresa global de recursos humanos, que mapeou dados de mais de 260 mil contratos negociados pela companhia em 160 países.
De acordo com a análise, o Brasil teve um aumento de 15% nos salários, especialmente para cargos de criação de conteúdo, operações e serviços financeiros. O país só ficou atrás da Índia (17%) e das Filipinas (37%).
Além disso, o relatório ainda indicou o Brasil ficou no top 3 de países quando o assunto foi o número de profissionais contratados globalmente sendo, respectivamente, Argentina, Brasil e Colômbia.
Já quando o assunto são países em que as empresas brasileiras mais contratam estão a Argentina, México, Colômbia e Estados Unidos. As companhias brasileiras buscam, principalmente, desenvolvedores e engenheiros de software, executivos de vendas e de produtos.
"O Brasil é um dos países mais populares para se contratar talentos. Mas nele também há empresas brasileiras de diversos tamanhos que querem expandir para outros locais a procura por profissionais em outros mercados. No relatório, vimos como essa tendência é uma via de mão dupla", afirma Cristiano Soares, Country Manager da Deel no Brasil.
Segundo o levantamento, em 2022 as profissões mais buscadas por empresas globais foram Engenheiros de Software, Estatísticos e Desenvolvedores de Software.
Além disso, 60% dos profissionais brasileiros que trabalham para empresas internacionais possuem entre 25 e 34 anos.
“O modelo de trabalho global é a opção preferida de muitas organizações, mesmo em tempos de incerteza econômica. Ao mesmo tempo, os profissionais também estão procurando mais oportunidades em empresas multinacionais", diz o professor Samuel Dahan, presidente do Deel Lab for Global Employment.