O relatório também indicou quantos alunos estrangeiros estão estudando nos Estados Unidos em todos os níveis de ensino da educação superior, incluindo a graduação e a pós-graduação (Jonathan Bachman/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2022 às 15h30.
Última atualização em 23 de setembro de 2022 às 16h44.
O novo relatório Open Doors Report on International Educational Exchange sobre Intercâmbio Educacional Internacional divulgado pelo Institute of International Education (IIE) e pelos Estados Unidos indica que o Brasil é o 12º país que mais envia estudantes intercambistas ao país americano.
Os dados são referentes aos estudantes de cursos intensivos de inglês do ano de 2021. O estudo também faz uma comparação com o ano anterior para verificar se houve crescimento ou queda no número de alunos internacionais oriundos de cada nacionalidade. Para os brasileiros, o relatório indica que houve redução de pouco mais de 53% no total de intercâmbios para os EUA. O número total de alunos do Brasil ficou em 1.151.
Em comparação, o país que mais cresceu no número de intercambistas, em terras americanas, foi a Bélgica, com um aumento de 180%. Mesmo assim, o número total fica apenas em 785 e, por isso, a nação europeia se classificou como a 15ª com mais alunos nos Estados Unidos.
Já em relação ao número total de estudantes estrangeiros nos EUA, o pódio fica com os seguintes países: Japão (com 10,9% do total), China (representando 9,5%) e França (com 6,7%). Juntos, eles enviaram mais de 10 mil alunos para intercâmbios estadunidenses.
Além dos cursos intensivos de inglês, o relatório também indicou quantos alunos estrangeiros estão estudando nos Estados Unidos em todos os níveis de ensino da educação superior, incluindo a graduação e a pós-graduação. Para o ano letivo de 2020/2021, o Brasil foi responsável por enviar 14 mil estudantes aos EUA.
O número sofreu uma redução menor do que quando comparado com a totalidade de estudantes em cursos intensivos de inglês. A queda foi de apenas 16% quando comparado com o ano letivo anterior, de 2019/2020.
De forma geral, houve uma redução nos intercambistas de todas as nacionalidades nos Estados Unidos. O índice médio foi registrado em queda de 15%, o que demonstra que os brasileiros ficaram apenas 1% abaixo da diminuição geral.
Para os estudantes de nível superior, a Ásia também domina o maior número de vagas internacionais. Para se ter uma ideia, mais de 317 mil alunos são da China e cerca de 11 mil são oriundos do Japão. Em comparação, os estudantes caribenhos e da América Latina, juntos, representam 72 mil.
O relatório Open Doors também apontou que, já sobre o nível de ensino, cerca de 39% são estudantes de graduação. Nessa etapa da vida acadêmica, a maioria dos estudantes de intercâmbio dos Estados Unidos são alunos de engenharia, com mais de 190 mil matriculados.
Na sequência, dentre os campos de maior interesse, estão: matemática e ciência da computação, com mais de 180 mil estudantes e negócios, com aproximadamente 145 mil alunos. Do total, 54% dos alunos estrangeiros são estudantes STEM. Vale lembrar que os números são referentes ao ano letivo de 2020/2021.
Já para a pós-graduação, as áreas com maior número de estrangeiros são: física e ciências da vida (com mais de 40%), engenharia (com cerca de 15%) e saúde (com mais de 14%).
O número de estudantes brasileiros que estão em um programa de intercâmbio nos Estados Unidos é fortalecido por diversas parcerias entre os EUA e instituições brasileiras, como as bolsas de estudo Fulbright, o EducationUSA (que é uma rede de informações e orientações sobre o ensino superior nos Estados Unidos) e iniciativas junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
VEJA TAMBÉM:
Governo da Austrália paga bônus de até 1 mil dólares para quem quer estudar lá; entenda
Universidade canadense congela tarifas para alunos internacionais
Universidade em Michigan oferece bolsa de estudos para alunos internacionais
O Encarregado de Negócios da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, Douglas Koneff, destaca a importância dessas parcerias como oportunidade para que alunos do Brasil realizem os estudos nos EUA. “Estas parcerias público-privadas e os compromissos de governos e parceiros, irão aproveitar o poder da educação para transformar sociedades, oferecer oportunidades e estimular o crescimento econômico”, comentou sobre o Fundo de Inovação 100K Strong entre universidades e faculdades americanas com instituições de ensino superior no Brasil.
Um dos principais pontos de incentivo para o intercâmbio de brasileiros nos Estados Unidos são as bolsas de estudo. Segundo as informações do Open Doors, no total, mais de 85 mil scholarships foram oferecidas no último ano letivo para estrangeiros nos Estados Unidos. Apesar do número de relevância, foi registrada uma diminuição de -30% em relação a 2019/2020, quando foram ofertadas mais de 123 mil oportunidades de auxílio estudantil.
Você já conhece a newsletter da EXAME Academy? Você assina e recebe na sua caixa de entrada as principais notícias da semana sobre carreira e educação, assim como dicas dos nossos jornalistas e especialistas.
Toda terça-feira, leia as notícias mais quentes sobre o mercado de trabalho e fique por dentro das oportunidades em destaque de vagas, estágio, trainee e cursos. Já às quintas-feiras, você ainda pode acompanhar análises aprofundadas e receber conteúdos gratuitos como vídeos, cursos e e-books para ficar por dentro das tendências em carreira no Brasil e no mundo.
Inscreva-se e receba por e-mail dicas e conteúdos gratuitos sobre carreira, vagas, cursos, bolsas de estudos e mercado de trabalho.