Jovens na sede da Dupont, em São Paulo: experiência consistente (Raul Junior/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2013 às 13h03.
Barueri - O que faz uma empresa com mais de 200 anos no mercado e há 74 no Brasil ser um bom lugar para se iniciar a carreira? Resposta simples: foco na inovação.
A DuPont — segunda maior do mundo no setor químico — investe pesado em pesquisa e por isso atrai o pessoal que sai da universidade em busca de um bom lugar para começar a trabalhar. Lá existe a possibilidade de construir uma experiência profissional consistente. A companhia atrai também quem começa num nível anterior à graduação, e muitos aproveitam os programas de incentivo à faculdade que a empresa oferece.
Tudo isso acontece porque está no DNA da Dupont, do ponto de vista dos negócios e de sua cultura organizacional, encarar a ciência e a inovação como um instrumento a serviço da sociedade. Essa visão foi construída desde sua fundação. Não é à toa, portanto, que conseguiu atingir essa solidez bicentenária. E este é justamente outro ponto que agrada aos jovens: eles se sentem seguros na companhia ao mesmo tempo em que são estimulados e desafiados no dia a dia, com o forte investimento que é feito em pesquisa.
A DuPont oferece muitos tipos de treinamento. As necessidades de aprimoramento técnico e até comportamental são identificadas com os gestores de cada área e é elaborada uma grade de cursos para todos os níveis da companhia. Estão lá desde temas sobre como usar o Excel, passando por liderança e gestão de pessoas, até cursos bem específicos, dependendo da divisão em que o profissional atua (química, agrícola, segurança etc.).
Mas nada disso acontece sem levar em conta o mérito do funcionário — está tudo atrelado ao plano de carreira, inclusive a política de bolsas de estudo. No entanto, tem muita gente descontente com a remuneração. “A DuPont no Brasil não passou pela crise financeira internacional de 2008, mesmo assim fomos atingidos porque as outras unidades mundo afora deixaram de crescer”, diz um funcionário.
Se comparada a organizações de setores ultracompetitivos, como serviços financeiros e telecom, a DuPont tem uma velocidade menos acelerada na construção da carreira de seus empregados. Mesmo assim, as expectativas deles costumam ser atendidas. É que essa turma entende que o tipo de negócio em que atua exige uma vivência maior. Para quem trabalha nos setores de ponta da companhia (leia-se aprimoramento e desenvolvimento de novos produtos), como os engenheiros, a evolução da trajetória profissional costuma ser bem mais rápida.
Já para o pessoal do administrativo, o ritmo é mais lento. Choque de gerações? “Sim, isso ainda acontece nas fábricas, pois os mais velhos têm certa resistência às ideias e a ouvir os mais novos. Tem até chefe resistente a nos dar feedback”, diz um funcionário. Fica a sugestão para a empresa acertar na química das relações das diferentes gerações de seus profissionais.