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Barganha na busca por vaga tem queda mais intensa desde 2008

Esta é a conclusão de um levantamento mensal feito pela Fipe com base em dados da Catho, empresa de recrutamento online.


	O Índice Catho-Fipe de vagas por candidato registrou uma retração de 27,2% no trimestre até maio ante igual período de 2014, sendo a queda mais intensa em 12 meses desde a crise financeira global de 2008 e 2009
 (Thinkstock)

O Índice Catho-Fipe de vagas por candidato registrou uma retração de 27,2% no trimestre até maio ante igual período de 2014, sendo a queda mais intensa em 12 meses desde a crise financeira global de 2008 e 2009 (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2015 às 17h44.

São Paulo - O mercado de trabalho brasileiro completou um ano de quedas na abertura de vagas e o aumento da procura por emprego levou a um aumento da concorrência na disputa por emprego no País, refletindo a diminuição do poder de barganha do brasileiro na hora de procurar uma ocupação.

Esta é a conclusão de um levantamento mensal feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base em dados da Catho, empresa de recrutamento online.

O Índice Catho-Fipe de vagas por candidato registrou uma retração de 27,2% no trimestre até maio ante igual período de 2014, sendo a queda mais intensa em 12 meses desde a crise financeira global de 2008 e 2009.

O indicador é a razão entre as vagas de emprego e o número de candidatos e serve como um meio de medir a pressão do mercado de trabalho.

"Esse resultado sinaliza que o poder de barganha do trabalhador, apesar de ter crescido desde 2004, encontra-se em queda acentuada nos últimos meses", diz o relatório publicado conjuntamente pela Fipe e pela Catho.

Apesar da retração registrada desde o início de 2014, o indicador está em 361 pontos, revelando que há 3,61 vezes mais vagas abertas por candidato no trimestre até maio que em janeiro de 2004.

A pesquisa revela também que, de abril a junho de 2015, o número de vagas de emprego abertas na economia brasileira caiu 14,1%, na comparação com igual período de 2014.

A retração permite dimensionar como a perda de fôlego na criação de vagas é um dos fatores que contribuem para o recente aumento do desemprego no País.

Já entre março e maio deste ano, a taxa de novas vacâncias recuou 15,4% ante igual período de 2014, ao menor nível da série histórica iniciada em fevereiro de 2012.

"Normalmente a taxa de novas vacâncias é inversamente correlacionada com a taxa de desemprego, visto que, em um ambiente de baixa geração de novas vacâncias, poucos trabalhadores, que procuram ativamente, devem encontrar empregos", diz a pesquisa.

Metodologia

O Índice Catho-Fipe de Vagas por Candidato é montado por meio da divisão do Índice Catho-Fipe de Novas Vagas de Emprego por dados da procura por emprego da pesquisa mensal de emprego (PME) do IBGE.

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