São Paulo – De maneira geral, o
mercado de trabalho brasileiro continua em baixa nos primeiros meses de 2016. A conclusão parte de pesquisa trimestral do ManpowerGroup sobre a Expectativa de Emprego, que
EXAME.com publica em primeira mão. O índice de
contratação previsto para os primeiros três meses do próximo ano é de -13%. O que significa que o percentual de executivos de recursos humanos que pretendem contratar é menor do que o de líderes que pretendem demitir. No Brasil, 851 executivos de RH, participaram da pesquisa. “Chama a atenção o fato de que o Brasil ocupa o último lugar do ranking de atividade no mercado de trabalho em 42 países para o período entre janeiro e março de 2016”, diz Márcia Almström, diretora de RH e marketing do ManpowerGroup. Foram mais 58 mil empregadores ouvidos em todo mundo. Entre todos os países pesquisados, apenas Brasil, Finlândia e França aparecem com índice negativo, mostrando recuo, sendo o mercado daqui o mais pessimista. “Há 9 meses, ou seja, nas três últimas pesquisas, o Brasil aparece com as menores previsões de contratação”, diz Márcia. No entanto, se as contratações ainda serão pouco volumosas no Brasil, a pesquisa sinaliza um menor número de
demissões para os próximos meses. Alívio, ao menos, para quem manteve o emprego até agora. “A tendência é achar que o mercado vai se estabilizar da forma como está. As empresas estão em stand-by, na expectativa de alguma retomada para fazer movimentação de aumento de quadro de pessoas”, diz Márcia. Ela ressalta também que promover mais reduções poderia significar perda de competitividade, já que as equipes já estão muito enxutas. Veja, nas fotos, quais os setores com as piores perspectivas de novas oportunidades profissionais entre janeiro e março de 2016.