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1. As mulheres que revolucionaram os últimos cem anos
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São Paulo – Ao considerar critérios como a luta por direitos femininos, pacifismo e destaque na carreira profissional, a revista Time elencou 25 mulheres que mudaram os 100 anos anteriores.
Nomes como o da estilista Coco Channel e da secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton estão em destaque na lista, que não mostrou nenhuma brasileira.
Conheça 11 histórias dessas personalidades que alteraram o curso da história pela liberdade feminina no mundo.
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2. 1. Jane Addams, a primeira americana com Nobel da Paz
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O primeiro lugar do ranking da Times é uma mulher que é lembrada pela educação e pelo engajamento com os trabalhadores norte-americanos. Jane Adams nasceu em 1860 e morreu em 1935, deixando uma herança de lutas políticas pelas diferentes classes sociais dos Estados Unidos.
Educadora no período da Primeira Guerra Mundial, Jane fez parte do partido feminino pacifista dos Estados Unidos. Lutou por uma recepção sadia dos imigrantes e das diferentes camadas sociais, em uma época em que a sociedade americana temia o socialismo e o anarquismo vindos da Europa.
Fez parte da Hull House, um movimento de educação próxima entre as classes sociais ricas e pobres.
Seu trabalho com crianças e adultos, além do apoio ao candidato à presidência Theodore Rosevelt em 1912, lhe rendeu o primeiro prêmio Nobel da Paz concedido a uma mulher americana na história.
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3. 2. Corazon Aquino, a primeira presidente asiática
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Ela foi a primeira mulher a ter o cargo presidencial na Ásia. Corazon Aquino foi presidente das Filipinas entre 1986 e 1992. Com a morte de seu marido Benigno S. Aquino, em 1983, ela ingressou na política.
Apontada como uma liderança popular e democrática nas Filipinas, Corazon empreendeu ações de caridade e reformas sociais. Nesse período, enfrentou desastres naturais em seu país, como terremotos e erupções vulcânicas, além de atentados ao seu governo.
Em 2008, ela foi diagnosticada com câncer. Faleceu um ano depois, deixando um legado político familiar que prossegue com o filho Benigno S. Aquino III, atual presidente das Filipinas.
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4. 3. Rachel Carson, a ecofeminista
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Bióloga americana consciente das agressões dos homens contra o meio ambiente, Rachel Louise Carson definiu, com suas pesquisas, o paradigma do progresso da ciência após a Segunda Guerra Mundial.
Carson criticou o uso de pesticidas e substâncias agressivas ao meio ambiente. Seu trabalho com livros e pesquisas foi um dos responsáveis pelo surgimento do ecofeminismo nos anos 1960, dentro dos Estados Unidos.
A obra mais notável de sua carreira chama-se Silent Spring, lançado dois anos antes de sua morte, em 62. Nele, a cientista mostrava as consequências negativas do uso de pesticidas, principalmente em pássaros no ecossistema.
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5. 4. Coco Chanel, a empreendedora da moda
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Pioneira no design contemporâneo de roupas e diversos artigos de moda, a estilista Coco Chanel ocupa a quarta posição do ranking.
Uma de suas obras mais famosas é o Chanel nº5, um perfume lançado no Natal de 1921 e admirado pelo mundo todo com uma fragrância única e feminina. Coco Chanel também foi famosa por projetar trajes elegantes para a elite parisiense antes e depois da Segunda Guerra Mundial.
Mesmo depois de sua morte, em 1971, a marca Chanel, com vestuário, perfumes e artigos de moda, continua entre as mais ambicionadas no mercado.
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6. 5. Julia Child, a chef
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A californiana Julia Child começou sua carreira no departamento de publicidade da empresa de decoração W&J Sloane. Durante a Segunda Guerra Mundial, viajou para Washington para atuar como voluntária no serviço de inteligência do exército americano. Foi enviada para uma missão especial no Ceilão (atual Sri Lanka) e, depois, para a China. Em 1948, seu marido foi transferido para a embaixada americana na França. E foi lá, que a paixão pela gastronomia de Julia desabrochou. Em 1961, lança seu primeiro livro com o objetivo de ensinar a técnica francesa na cozinha para americanos. Alguns anos depois, sua facilidade com as câmeras a alçou ao status de celebridade televisiva na rede ABC, onde apresentou vários programas dedicados à gastronomia durante quase duas décadas.
Julia faleceu em 2004, dois dias antes do seu aniversário de 92 anos. No ano passado, o filme Julie & Julia (Nora Ephron) inspirado em sua vida chegou ao cinema. Meryl Streep atuou como chef californiana.
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7. 6. Hillary Clinton, primeira senadora de NY
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Esposa de um dos últimos presidentes norte-americanos, Hillary Clinton fugiu do estereótipo de primeira-dama que vive à sombra do legado do marido. Em duas edições, figurou na lista dos cem advogados mais influentes dos Estados Unidos.
Em 1998, sua vida pessoal foi exposta por causa da traição de seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, com a funcionária da Casa Branca Mônica Lewinsky. Em 2000, elegeu-se senadora por Nova York. Ela foi a primeira mulher a alcançar esse cargo no estado. Oito anos depois, disputou a qualificação dentro do Partido Democrata para concorrer à presidência americana em 2008, contra Barack Obama. Atualmente, Hillary é secretária de Estado no governo de Obama, sucessora de Condoleezza Rice no cargo.
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8. 7. Marie Curie, Nobel em Química
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Nascida russa, quando a cidade polonesa Varsóvia era parte do império czarista, Marie Curie foi uma das maiores especialistas em Física e Química da história do século 20, principalmente por ter empreendido pesquisas pioneiras sobre radioatividade.
Estudou matemática na Sorbonne. Na École Supérieure de Physique et de Chimie Industrielles de la Ville de Paris (ESPCI), ela conheceu o instrutor Pierre Curie, com quem se casou, além de dividir o hobby de pesquisa sobre química. Seus estudos em conjunto foram até experimentos com urânio, polônio e rádio.
Exposta a uma quantidade grande de radiação, Marie faleceu em 1934 em decorrência de uma anemia. Junto com o marido, ganhou o prêmio Nobel de Física em 1903. Oito anos depois, conquistou novamente um Nobel, dessa vez, em Química.
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9. 8. Aretha Franklin, a rainha do soul
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Cantora, pianista e considerada a "rainha do soul”, Aretha Franklin ganhou honrarias por sua música em inúmeras fases de sua carreira. Em 2005, recebeu da Casa Branca a Presidential Medal of Freedom.
Nascida em 1942, Aretha aprendeu a cantar e a tocar piano de ouvido quando era ainda criança, na Igreja Batista de Bethel do Tennessee, nos Estados Unidos. Seu estilo musical varia do gospel ao soul, até chegar no jazz.
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10. 9. Indira Gandhi, a líder feminina na Índia
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Primeira-ministra da Índia por três mandatos consecutivos, Indira Gandhi se transformou num símbolo feminino na política oriental, em um cenário dominado por homens.
Com educação estrangeira, ela governou a Índia com pulso firme, entrando em Guerra com o Paquistão, tendo relações problemáticas com o governo norte-americano de Nixon e ameaçando se aproximar da União Soviética.
Sua inclinação religiosa para não tratar a população por castas incitou a ira de religiosos extremistas do segmento sikh. Indira foi assassinada em 1984.
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11. 10. Estée Lauder, pioneira no negócio de cosméticos
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Empreendedora na área de cosméticos, Estée Lauder fundou a companhia com seu nome em 1946, sendo uma das pioneiras no negócio.
De origem judia, ela criou seus negócios em cima de seus gostos. Sua empresa é um exemplo para a categoria, com cerca de 28.500 empregados.
Estée Lauder viveu quase 100 anos, entre 1906 e 2004. Faleceu por falência cardiopulmonar.
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12. 11. Madonna, pela liberdade sexual
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Ícone da música pop, Madonna Louise Ciccone revolucionou os anos 1980 com músicas dançantes e coreografias sincronizadas e continuou se reinventando nas décadas seguintes.
Músicas famosas de Madonna são “Like a Virgin”, “Music” e “Die Another Day”, que foi trilha sonora de um dos filmes de James Bond de mesmo nome. Ela se destacou em um cenário musical onde as mulheres ainda estavam mais atuantes no soul e na música negra, sendo branca e com estilo performático.
A artista vendeu mais de 300 milhões de cópias de seus CDs, vinis e material musical ao redor do mundo. Sua última passagem pelos palcos brasileiros foi em 2008.