Trabalho: segundo o estudo lançado pela Aberje, emoções ruins podem perder força com a utilização de técnicas de comunicação não-violenta pelos líderes (Malte Mueller/Getty Images)
Victor Sena
Publicado em 21 de janeiro de 2021 às 19h46.
Última atualização em 21 de janeiro de 2021 às 19h47.
As emoções ruins que atravessam os profissionais entre a hora de "bater o cartão" e o horário da saída do trabalho têm a mesma recorrência que as emoções boas.
Isso é o que mostra o relatório "A Comunicação Não-Violenta nas Organizações no Brasil", lançado pela Aberje. A pesquisa listou as 10 emoções mais comuns nos profissionais que estão no mercado de trabalho. Entre as 10, cinco podem ser consideradas saudáveis e cinco não. Foram ouvidos 327 profissionais, de todas as regiões do país.
Apesar de haver um certo equilíbrio, a maior das emoções é a problemática e tida o "mal do século": a ansiedade. Para 52% dos profissionais, ela é a emoção mais frequente, seguida de cansaço e gratidão.
Na pandemia, transtornos psiquiátricos foram evidenciados no mercado de trabalho, mas o Brasil ainda enfrenta um tabu ao falar sobre o assunto, principalmente no ambiente profissional.
Segundo o estudo lançado pela Aberje, emoções ruins podem perder força com a utilização de técnicas de comunicação não-violenta pelos líderes. Além disso, a segurança psicológica é um fator que deve começar a importar e a ser mensurado nas empresas.
Entre as emoções que são menos sentidas pelos funcionários estão a despreocupação, o arrendimento e o nervosismo. Entre os sentimentos bons, independentemente da posição no ranking, estão também a segurança, o entusiasmo e a calma.
Antes da pandemia, dados da Organização Mundial da Saúde apontavam o Brasil como o que tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno.
Com a crise sanitária e econômica, os transtornos psiquiátricos devem ganhar força.