Calendário (Utamaru Kido/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2020 às 16h00.
Quem diria, hein? O tal 2020 está chegando ao fim. Ó, tão rude ano, de inigualável uso da palavra "saudade". Saudade de muitos, saudade de tantos! Como o tema desta coluna (bem como o do canal Mesma Língua) é a língua, a palavra, tratemos desta época natalina e de ano-novo.
Refere-se a natalício, ao dia do nascimento. Usado com a inicial maiúscula, significa festa de comemoração do nascimento de Jesus Cristo, estipulada como sendo no dia 25 de dezembro (pelo calendário gregoriano), desde o século IV pelos cristãos do Ocidente, e desde o século V pela Igreja católica oriental. A Igreja Ortodoxa (russa e grega) comemora a 7 de janeiro, pois adota o calendário juliano.
Hífen é o "traço horizontal", usado para unir elementos de palavras compostas, gerando novo significado.
A situação linguística assim funciona: sem o uso de hífen, a expressão tem o sentido literal. Portanto, “ano novo” representa os dozes meses novos; com a hifenização, “ano-novo” representa a meia-noite do dia 31 de dezembro (a famosa “virada do ano”).
No Brasil, em vez de “ano-novo”, prevalece a palavra francesa “réveillon” (proveniente de “réveiller” – acordar, despertar). Tal uso é intitulado como galicismo: adoção de palavra, expressão ou construção da língua francesa.
Pensando nos doze novos meses que virão, deve-se desejar um feliz ano novo, ou seja, um novo ano feliz (é interessante perceber a nova ordem na sentença).
Vale reforçar que, na noite de ano-novo, também conhecido como ano-bom, haja prudência, humanismo e amor ao próximo.
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DIOGO ARRAIS
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Professor de Língua Portuguesa
Fundador do ARRAIS CURSOS