Carreira

A retomada dos empregos

As montadoras de caminhões voltam a contratar e há novos fabricantes chegando ao país

Fábrica de caminhões da Volkswagen, no Rio de Janeiro: indústria volta a contratar (Divulgação)

Fábrica de caminhões da Volkswagen, no Rio de Janeiro: indústria volta a contratar (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 16h36.

São Paulo - Se a economia de um país vai bem, as montadoras de caminhões vão ainda melhor. Não por acaso, grandes fabricantes anunciaram recentemente planos de expansão da capacidade produtiva nacional e a NC2 Global LLC, joint venture da Navistar e da Caterpillar, escolheu o Brasil para montar sua mais nova fábrica, ainda sem local definido.

Depois da queda nas vendas no mercado interno e nas exportações em 2009, causada pela crise financeira internacional, o setor comemora a recuperação confiante em um futuro promissor, que tem pela frente obras gigantescas como a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. O reflexo desse aquecimento já é sentido nas vendas internas: entre abril e janeiro deste ano foi registrado um aumento de 21% em relação a 2009. 

“A última vez que o Brasil investiu tanto em infraestrutura foi na década de 1970”, diz Roberto Cortes, presidente da multinacional alemã MAN Latin American, que teve de implantar um terceiro turno na linha de produção e contratar 700 profissionais para aumentar sua fabricação em 60%. Ele se diz otimista com o reaquecimento da economia e prevê um crescimento de dois dígitos para os próximos anos.

A empresa confirmou no mês passado a intenção de investir 1 bilhão de reais em cinco anos e já começa a procurar 50 engenheiros especializados para os projetos futuros. “Vamos lançar a nova marca da MAN Latin America com a Volkswagen. São caminhões que já existem na Europa, mas precisam de adaptações para o mercado brasileiro”, diz Roberto. 

Outro player que aposta no crescimento do Brasil é a Mercedes-Benz, que prepara para 2011 o lançamento do extrapesado Actros. A montadora alemã vai aguardar a definição do modelo — rodoviário ou fora de estrada — para só então estimar sua capacidade de produção e calcular quantos empregos serão criados.

A versão rodoviária é utilizada no transporte de bens e a versão fora de estrada, na construção civil e na mineração. Ambas têm capacidade de 40 toneladas. Enquanto o consumo continuar em alta e a construção civil seguir sua trajetória de expansão, muito provavelmente novos  empregos serão anunciados pelo setor nos próximos anos.

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