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A Nova Zelândia quer atrair mais profissionais de tecnologia

Iniciativa inédita na capital da Nova Zelândia tem como objetivo conectar profissionais e empresas de tecnologia

Wellington:  são só 400 mil habitantes na capital (Foto/Divulgação)

Wellington: são só 400 mil habitantes na capital (Foto/Divulgação)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 1 de março de 2017 às 10h01.

Wellington   - Com mais de 500 vagas de trabalho abertas na área de tecnologia da informação, a agência de desenvolvimento econômico da capital da Nova Zelândia, Wellington, decidiu garimpar o mundo em busca de profissionais.

Esse é o principal objetivo da recém-lançada campanha LookSee Wellington, uma iniciativa inédita que pretende atrair 100 profissionais de TI de qualquer país do planeta, inclusive do Brasil.

Os profissionais selecionados terão todas as despesas de viagem e acomodação pagas para passarem cinco dias na cidade participando de entrevistas de emprego. Como o próprio nome da campanha (LookSee: procurar e ver, na tradução literal) sugere, a ideia é que as pessoas tenham a chance de conhecer a cidade e suas oportunidades para ajudar na tomada de decisão sobre se mudar para Wellington.

"Faltam pessoas de qualidade para trabalhar nessa área. A ideia é atrair os cérebros mais incríveis do mundo para Wellington", disse Brook Pannell, gerente da Wellington Regional Economic Development Agency (WREDA) a EXAME.com.

De acordo com ele, já são 30 empresas inscritas e o foco são o desenvolvedores de software altamente qualificados e que tenham interesse em trabalhar na capital da Nova Zelândia. "Não se trata de um programa para recém-formados, buscamos profissionais mais experientes", diz Pannel.

Wellington é a terra natal de empresas renomadas com forte apelo tecnológico como, por exemplo, a Weta Digital, uma das principais empresas de efeitos visuais do mundo, Datacom, especializada em sistemas de TI, e ainda a Xero, consultoria de contabilidade, além de centenas de startups.

Mas, apesar de ser a capital neozelandesa, a cidade que tem 400 mil habitantes, conserva um clima bem mais intimista do que a maior metrópole do país, Auckland, conhecida por ser o centro financeiro e de negócios da Nova Zelândia. Em todo país, há 4 milhões de habitantes.

Qualquer empresa de tecnologia baseada em Wellington pode sinalizar o interesse em fazer parte da campanha. "As companhias só terão que arcar com custos se contratarem, de fato, algum profissional", explica Pannel. E, ainda assim,  empregadores vão gastar menos do que gastariam caso recorressem aos serviços de uma consultoria de recrutamento, de acordo com ele.

Como participar

As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo site da campanha. As empresas participantes vão indicar os currículos dos candidatos que mais chamarem sua atenção, com a ajuda da agência de recrutamento, Workhere New Zealand, que também é responsável pela campanha, ao lado da WREDA.

Aqueles que receberem o maior número de indicações serão os selecionados para as entrevistas presenciais em Wellington, programadas para o mês de maio, quando também ocorre a semana de tecnologia, a TechWeek'17, o que vai permitir que os participantes saibam ainda mais sobre o mercado de trabalho em TI e suas principais tendências.

Carreira é quente em todo país

Com média salarial anual de 61 mil dólares neozelandeses em 2016, o que equivale a mais de 134 mil reais, desenvolvimento de software é uma das carreiras com maior demanda de toda Nova Zelândia, segundo informações oficiais do Ministério de Negócios, Inovação e Emprego do país.

Para se ter uma ideia o número de vagas para esses profissionais dobrou entre 2006 e 2013, saltando de pouco mais de 2 mil para 4 mil. A projeção de crescimento na quantidade de oportunidades profissionais é de 5,2% por ano até 2020 e de 4,2%, também por ano, até 2025, quando espera-se que haja mais 7 mil postos de trabalho.

Além de desenvolvimento de software, há uma série de outras ocupações com grande necessidade de profissionais na área, segundo o ministério. Especialistas multimídia, desenvolvedores web, analistas de programação, engenheiros de software e  engenheiros de sistemas de informação também têm boas chances de empregabilidade no país.

* A jornalista viajou a convite da Education New Zealand, agência de educação internacional do governo da Nova Zelândia

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