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Inovação coletiva X trovões de pessimismo

Somente com uma educação criada em conjunto por empresas e escolas poderemos produzir o conhecimento que combate o pessimismo

homem estudando em biblioteca (Getty Images)

homem estudando em biblioteca (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 14h37.

São Paulo - Quando o turbilhão de notícias ruins inunda os meios de comunicação e as conversas, ficamos mais pessimistas. É difícil se livrar dessa nuvem estranha que paira sobre o Brasil. Mas precisamos resgatar o otimismo.

De fato existe um país atrasado, com os inúmeros casos de corrupção, com empresas que se tornaram meras copiadoras dos líderes globais e com uma grande massa de acadêmicos que parece um clube fechado que nada produz, a não ser papers que nem eles mesmos leem. Esse é o lado ruim.

Mas existe a parcela boa, que busca a inovação, gosta de correr riscos, promove a educação transformadora e a ética coletiva. Encontro profissionais assim tanto nas grandes empresas quanto no funcionalismo público e nas universidades.

No início de abril, participei de um debate no Google, em São Paulo, sobre os rumos da educação no ecossistema online. Grande parte da discussão ficou no campo da ética. A tecnologia possibilita praticamente qualquer coisa hoje em dia.

A questão é como vamos exercer um papel ético numa sociedade digital, uma pergunta cuja resposta certamente passa pela educação e pela prática de valores como honestidade e fraternidade. Debatemos como faremos a ponte entre ciências exatas, humanas e biológicas, criando um ser humano mais íntegro. Como conseguiremos fazer uma ponte entre o executivo plugin que as empresas desejam e a sabedoria da academia?

Para não ficar só no debate, um exemplo de uma iniciativa que integra todas essas pontas é um projeto do próprio Google, o Online Marketing Challenge, do qual eu também participo. Trata-se de uma competição que incentiva estudantes e professores a usar ferramentas do Google para fazer ações de marketing para organizações não governamentais.

Em seis anos, mais de 65 000 estudantes e professores de mais de 100 países participaram. É um bom exemplo de educação que integra empresa e universidade no universo digital.

Tanto na reunião dos executivos quanto no encontro dos educadores fica claro que estamos em uma encruzilhada. Chegou a hora de definir nosso projeto como nação, nosso complô para a inovação.

Chegou a hora da educação de alto impacto e da criação de um país criativo, que competirá na era da inovação coletiva. E você? Vai continuar dando um jeitinho e espalhando trovões de pessimismo ou vai capitanear a nau da inovação do século 21? 

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