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“A Ascensão Skywalker” ensina todo profissional a encontrar sua força

"Star Wars: A Ascensão Skywalker" vai revelar verdade sobre Rey. EXAME mantém o segredo, mas conta a lição da jornada da heroína

Rey em cena do filme Star Wars: A Ascensão Skywalker ((c) 2019 Lucasfilm Ltd. & TM. All Rights Reserved./Divulgação)

Rey em cena do filme Star Wars: A Ascensão Skywalker ((c) 2019 Lucasfilm Ltd. & TM. All Rights Reserved./Divulgação)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 18 de dezembro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 18 de dezembro de 2019 às 15h52.

São Paulo - De quem a Rey é filha? E como ela é tão poderosa? Essas são as perguntas que assombram os fãs da saga Star Wars e que o último capítulo da nova trilogia, “A Ascensão Skywalker”, tem o desafio de responder.

Na verdade, os fãs têm razão com sua persistência em descobrir o parentesco de Rey. Afinal, não é uma das reviravoltas mais marcantes do cinema a revelação de Darth Vader para Luke Skywalker: “Não, eu sou seu pai”.

E Rey já apareceu no trailer lamentando: “As pessoas dizem que me conhecem… ninguém conhece".

Enquanto o filme tem sua estreia no Brasil marcada para o dia 19, EXAME assistiu ao filme antes e aproveita o tema central na trilogia para aproximar a jornada da heroína Rey e de seus fãs.

(E sem dar - muitos - spoilers! Então fica o aviso para os mais temerosos...)

Cena de Star Wars: A Ascensão Skywalker

Cena de Star Wars: A Ascensão Skywalker ((c) 2019 Lucasfilm Ltd. & TM. All Rights Reserved./Divulgação)

Em galáxias distantes ou na vida profissional, o autoconhecimento é crucial para navegar adversidades e derrotar inimigos. Começando por identificar quem são eles para unir forças e, por fim, vencer.

No entanto, Bela Fernandes, psicóloga, membro da equipe Aylmer Desenvolvimento Humano e especialista em liderança, alerta para uma confusão comum que ocorre cada vez mais nas empresas com a popularização do tema.

Assim como aqueles que possuem a força, o lado luminoso e o lado sombrio caminham juntos dentro de cada um. Um treinamento Jedi não garante que a pessoa não será tentada pelo outro lado. Segundo a psicóloga, não é possível pensar em uma versão definitiva de nós mesmos.

No capítulo anterior, a resposta sobre seu parentesco pareceu insuficiente - tanto para a heroína quanto para os fãs. O vilão Kylo Ren revelou que ela era filha de dois desconhecidos.

A verdade que é revelada durante o filme mostra que há muito mais por trás dessa história.

“O autoconhecimento tem sido tratado de forma muito simples, se resume ao ‘eu me conheço’ e a pessoa acaba com uma definição muito rígida sobre si. Ter essa definição fechada não é a mesma coisa de entender quais são minhas forças e quais são os muitos ‘eus’ dentro de mim”, explica ela.

Entender sobre si mesmo se torna uma ferramenta valiosa quando aliada a reflexões mais complexas, como definir seu propósito, encontrar suas fraquezas e avaliar suas escolhas. Até mesmo abraçando seus defeitos e características conflitantes.

“A Ascensão Skywalker” acaba com a curiosidade dos fãs, mas a definição do parentesco não resolve sozinha todos os problemas da personagem ou salva o que restou da Resistência. Rey é forte e resiliente, porém ainda é impaciente e impulsiva.

“Tudo está junto dentro de nós. O autoconhecimento ajuda na tomada de decisão. O que não conheço, me controla”, comenta Fernandes.

Abraçar vários aspectos da sua personalidade não é tarefa simples. Para isso, Rey ainda precisa da ajuda de seu mentor Luke Skywalker.

O herói da trilogia original morreu no episódio anterior, mas retorna para dar uma última lição a todos: os melhores líderes cometem erros. Ao admitir para sua pupila que se enganou no passado, ele permite que ela aprenda e tenha maior clareza sobre sua missão.

De acordo com a especialista, as novas gerações chegam ao mercado de trabalho buscando líderes que possam admirar e têm receio de que os mais velhos não estejam abertos para uma troca verdadeira de conhecimento.

“Os jovens estão em busca de líderes admiráveis e é bem difícil encontrá-los. Eles estão ávidos por um poder mais aberto para ouvi-los”, diz.

Para ela, a vulnerabilidade da liderança é um movimento impactante. Muitos problemas se repetem pela dificuldade de entender os erros e de passar esse conhecimento.

“Os mais novos chegam agora com uma carga intensiva de conhecimentos frescos. Os gestores possuem o conhecimento extensivo, de longa data. É necessário entender o passado para enxergar bem o hoje e construir um amanhã mais sustentável. Nessa relação, transformamos o poder em potência”, fala ela.

Fernandes explica que essa é uma inversão importante que precisa ocorrer nas empresas hoje. Na disputa pelo poder, especialmente quando acontecem falhas, sempre se buscam os culpados. Ao aceitar e aprender com os erros, as equipes conseguem juntar seus esforços e focar na solução de problemas.

Seja para Rey e Kylo Ren, para os rebeldes da Resistência ou para os profissionais, é necessário encontrar o equilíbrio da força compreendendo suas fraquezas e enfrentando seus medos.

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