São Paulo - Quase 8 em cada 10 brasileiros abraçariam uma oportunidade profissional fora do Brasil, segundo uma pesquisa anual divulgada recentemente pela Catho.
Nada menos do que 79,2% dos entrevistados pelo site de empregos disseram que não recusariam uma proposta no exterior. O número em 2014 era de 75,9%.
De lá para cá, também cresceu o número de brasileiros que aceitariam uma vaga mesmo sem aumento salarial ou promoção de cargo: são 11,5% os que dispensariam esses benefícios, contra 8,5% no ano passado.
Por conta da crise econômica, muitos executivos têm aceitado condições mais desfavoráveis para sair do Brasil - até que o empregador se isente de quase todos os custos da mudança.
O estudo da Catho também revelou as razões do brasileiro para dizer "sim" a uma oportunidade internacional.
Para 38,5%, o convite seria aceito se representasse uma oportunidade de desenvolvimento profissional, ainda que sem promoção imediata.
Para outros 29,2%, subir de cargo é uma condição indispensável para sair do país. Já 20,8% recusariam qualquer tipo de proposta internacional.
“O cenário de crise econômica no Brasil, somado às oportunidades que uma oferta de emprego no exterior pode representar, tem levado mais brasileiros a avaliar positivamente a mudança para outro país”, diz Murilo Cavellucci, diretor de gente e gestão da Catho, em nota. "De qualquer modo, é fundamental avaliar com atenção todos os prós e contras da mudança".
A pesquisa contou com mais de 23 mil entrevistados em todo o país e foi conduzida entre junho e julho de 2015.
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1. Afinal, onde está o emprego no Brasil?
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São Paulo – Profissionais das áreas de
tecnologia da informação e de
serviços financeiros , mesmo na
crise, seguem diante de um leque de
oportunidades de trabalho mais consistente do que seus colegas de outros setores. A conclusão parte de um levantamento inédito da
Love Mondays, comunidade de carreiras que reúne dados anônimos de
salário e opiniões sobre empresas dadas por usuários do site. Desde agosto, vagas de trabalho são anunciadas também pela palataforma. Atualmente, mais de 2,36 mil vagas abertas podem ser consultadas no site. "É interessante observar que, apesar da crise, há, sim, vagas disponíveis no Brasil e profissionais não devem desisitir de procurar", diz Luciana Caletti, CEO do site. O levantamento feito pela Love Mondays mostra os setores, cargos, regiões, estados e cidades com maior volume de
empregos disponíveis.
Os lugares com mais emprego Do total de vagas abertas hoje na base de dados da Love Mondays, 73% estão concentradas na região Sudeste. O restante se divide entre as demais regiões do país, sendo 11% na região Sul, 8% na região Centro-Oeste, 4% na região Nordeste, 4% na região Norte. Confira os cinco estados com mais oportunidades e veja as 10 cidades que mais concentram vagas anunciadas no Love Mondays:
Os setores com mais oportunidades Das 2.364 vagas anunciadas por empresas no portal Love Mondays, 36% são para o setor de TI e Telecom. " O setor de tecnologia da informação continua aquecido porque investimentos nesta área permitem melhora de processos, mais eficiência, e, consequentemente, corte de custos", diz Luciana. A área de bens de consumo também tem volume de oportunidades, com 21% das vagas, e serviços financeiros é o terceiro setor da lista. Veja na tabela:
Os profissionais mais procurados Na base da pirâmide, há mais oportunidades: analistas e estagiários são os mais procurados pelas empresas agora, com 34% das vagas para eles. "A tendência natural é que as oportunidades profissionais reflitam a estrutura hierárquica das empresas, mas também temos visto que muitas empresas estão substituindo funcionários mais experientes por profissionais de nível júnior, que são mais baratos, por conta da situação atual difícil", diz Luciana. Posições de gerente também aparecem em seguida, em11% dos anúncios de emprego no site. Clique e navegue pelas fotos desta galeria para conferir os cargos com mais vagas de trabalho e suas médias salariais.
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2. 1. Analistas
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3. 2. Estagiários
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4. 3. Gerentes
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5. 4. Consultores
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6. 5. Vendedor/comercial
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7. 6. Desenvolvedor
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8. 6. Técnicos
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9. 7. Assistentes
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10. 8. Supervisores
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11. 9. Coordenadores
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12. 10. Operador de máquina
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13. 11. Diretor/executivo
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13/19 (Montagem sobre fotos de Germano Lüders e Getty Images)
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14. 12. Contador
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15. 13. Especialistas
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16. 14. Auxiliar
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17. 15. Aprendiz
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18. 16. Engenheiro
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19. Agora, veja os profissionais que menos sentem os efeitos da crise
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