-
1. Clima tenso
zoom_out_map
1/8 (Getty Images)
A crise no país trouxe um clima tenso a todos os ambientes de trabalho, sejam eles diretamente afetados pela economia instável ou não.Com a alta da inflação, os consumidores retém os gastos para sustentar apenas as despesas essenciais e a indústria acaba sendo diretamente afetada por um cenário econômico de incertezas. Segundo o IBGE, o emprego no setor caiu 5,1% em março referente ao mesmo mês em 2014.Diante disso, muitos profissionais podem ficar confusos se devem ou não se dedicar a carreira, se mudam de área ou se deveriam pedir demissão para iniciar um novo negócio ou repensar seus objetivos.Para saber a melhor forma de sobreviver aos tempos de crise na profissão, INFO conversou com os especialistas em carreira Fátima Mangueira e Carlos Eduardo Pereira. A seguir, veja 7 dicas para evitar que a inflação prejudique a sua vida profissional.
-
2. Indústrias que se destacam
zoom_out_map
2/8 (Flickr/ Creative Commons)
Apesar das indústrias automobilística, petrolífera e de mineração serem algumas das mais afetadas pela crise, existem alguns setores onde é possível explorar o mercado e ganhar uma certa estabilidade. Segundo Fátima Mangueira, coach e diretora na Mira RH, as empresas que investem em sustentabilidade, inovação e boa estrutura financeira conseguirão passar sem sustos pela crise.Quem trabalha nas áreas de turismo, eventos e esportes também tem grandes oportunidades até 2016. "O setor de eventos também deve ser beneficiado por conta da proximidade das Olimpíadas do Rio de Janeiro", afirma a coach.
-
3. Mudar de área ou não?
zoom_out_map
3/8 ( Alan ORourke/ Flickr)
O profissional que deseja conseguir melhores oportunidades deve pensar muito bem antes de deixar seu cargo atual para explorar novos horizontes em uma área diferente da sua. Segundo o consultor de carreiras na Bê-a-bá RH, Carlos Eduardo Pereira, dar um passo nesse sentido pode ser perigoso e requer muito cuidado. "O grande problema da mudança de área motivada apenas pelas dificuldades esbarra na questão do perfil do próprio trabalhador. A pergunta que deve ser feita é: será que tenho perfil de fazer este tipo de trabalho?", afirma. Além disso, quem já conta o dinheiro a cada mês no cargo atual deve analisar muito bem esse tipo de mudança. "Começar em uma outra área, muitas vezes, é sinônimo de salários menores. Até porque, dificilmente se começa de cima", diz Pereira.De acordo com Fátima Mangueira, a dica para quem busca uma recolocação é investir antes em um coach de carreira. "Além disso, vale a pena analisar os novos mercados, até mesmo em outros estados e segmentos dos que já atua", afirma.
-
4. Destaque-se no mercado
zoom_out_map
4/8 (Getty Images)
Em fase de crise, a competitividade fica em alta e, para se destacar no mercado, o profissional pode fazer cursos para se especializar - caso isso seja possível - e manter seu currículo sempre atualizado. "Os candidatos também podem usar a criatividade para expor suas competências. Um bom exemplo para isso é usar plataformas de apresentação, como o Prezi", diz Carlos Eduardo Pereira.Segundo a coach Fátima Mangueira, ter um currículo profissional impecável é essencial para ficar no radar das empresas e conquistar boas oportunidades. "Destaque suas informações pessoais, formas de contato, objetivo profissional, histórico e experiência e habilidades técnicas, como fluência em idiomas e conhecimento em informática", aconselha.
-
5. Pense (muito) bem antes de pedir demissão
zoom_out_map
5/8 (geralt/ Pixabay)
Com o desemprego crescendo mês a mês, talvez pedir demissão ao chefe nesse momento não seja uma boa ideia. "O mercado de trabalho de candidatos está concorrido demais. Talvez nunca tenhamos visto em nosso país uma oferta tão grande de bons profissionais desempregados, visto a quantidade de demissões ocorridas neste ano", explica Pereira.Para o consultor de carreiras, mesmo que o profissional receba uma oportunidade considerada melhor, é preciso verificar todas as possibilidades. "Nem sempre o que reluz é ouro", diz ele.
-
6. Anda frustrado com o trabalho? Converse com seu gestor
zoom_out_map
6/8 (Getty Images)
O clima tenso da economia trouxe como consequência o arrocho salarial, corte de empregos e aumento no preço de produtos. Esses itens, aliados, fazem com que qualquer profissional se sinta frustrado na carreira.Segundo a coach Fátima Mangueira, uma atitude que pode amenizar essa situação é falar com o seu gestor direto e buscar alternativas para minimizar essas frustrações na medida do possível. Outra alternativa é procurar novos cursos e especializações para aprimorar conhecimentos. "O profissional também pode tentar pedir transferência para algum outro setor da empresa, ou outra equipe. Novos líderes podem motivar um colaborador. E se realmente tais atividades não surtirem efeito é continuar procurando emprego nos sites de emprego e nas redes sociais", afirma Carlos Eduardo Pereira.
-
7. Foi demitido? Retenha seus gastos
zoom_out_map
7/8 (Flickr/ Creative Commons)
Uma demissão em tempos de crise requer muita calma e deve ser uma oportunidade para avaliar suas possibilidades. "Muitas vezes, por causa do desespero, acabamos cometendo erros, como investir dinheiro em algo arriscado demais, ou aceitamos um emprego que não é interessante para carreira", diz o consultor.Fátima Mangueira aconselha o profissional a reduzir suas despesas ao mínimo possível, poupando o dinheiro recebido na rescisão. "Toda a família deve participar da discussão para analisar onde e como devem economizar, pois a recolocação no mercado de trabalho pode demorar", explica a coach. Depois desse planejamento, atualize seu currículo e informe sua rede de contatos de que está disponível para novos desafios. "Linkedin e Facebook são redes sociais ótimas para acessar seus contatos em busca indicações para uma nova oportunidade", diz.
-
8. Melhore seu clima de trabalho
zoom_out_map
8/8 (Getty Images)
Economia instável, demissões, salários que rendem menos e poucos funcionários fazendo o trabalho de muitos. Um cenário como este pode causar estresse e afetar todo o clima organizacional de uma companhia. Mas, alimentar esse descontentamento nem sempre é saudável. "Trata-se de um momento delicado na vida da organização. A principal arma para administração do clima é a comunicação. Buscar ajudar a direção a comunicar-se com maior eficiência facilita a transição deste momento tenso", aconselha Fátima.Segundo Carlos Eduardo Pereira, reforçar o companheirismo do time e estimular cada pessoa da empresa a participar na criação de estratégias para a empresa também é um bom caminho.