A tensão de conviver com um profissional ambicioso demais não é saudavel (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 05h00.
São Paulo – Para se obter sucesso na carreira, é indispensável demonstrar ambição e proatividade. Entretanto, há limites. “Há empresas em que o profissional é treinado para ser o mais competitivo possível, mas esse tipo de cultura tem um preço: as equipes se desmancham, o clima fica pesado e o trato social fica de lado”, afirma Bernardo Entschev, CEO da De Bernt Entschev Human Capital.
Para Jacqueline Resch, sócia-diretora da empresa de recrutamento Resch Recursos Humanos, a ambição é o combustível essencial para conquistas, mas é preciso evitar que esta se torne predatória, fazendo com que o profissional aja deixando de lado seus valores e a ética.
Profissionais que levam ao pé da letra a missão de alavancar a carreira a qualquer custo acabam plantando discórdia e se indispondo com os colegas. Algumas atitudes podem até passar despercebidas, mas especialistas alertam que não são sustentáveis a longo prazo.
Confira abaixo os principais sinais:
Individualismo exacerbado
Profissionais que não valorizam a contribuição de pares ou subordinados e gostam de controlar todas as ações tendem a ter um gosto de colecionar créditos.
Realizar um trabalho sozinho, mesmo sabendo que o resultado seria melhor se as demandas fossem partilhadas também é um sinal de que há algo errado.
Omissão de informações
Algumas culturas estimulam a competição (leal) no trabalho. Esconder informações que interessam a colegas e, principalmente, à empresa simplesmente para obter vantagem com a falha de outros não é perdoável.
Assumir resultados que não são seus
Reportar ao chefe que você fez todo o trabalho sozinho pode trazer glórias. Momentâneas. Sacrificar a equipe, quando é evidente que a demanda só foi realizada com a ajuda de todos, só contribuirá para o isolamento do profissional.
“As pessoas emocionalmente estruturadas começam a se proteger desse indivíduo que não preza a ética e o trabalho em equipe”, diz Jacqueline.
Agir agressivamente
Gritar, esmurrar a mesa, perder totalmente a compostura quando alguma demanda não saiu do jeito que imaginava são atitudes compreensíveis em casos extremos. Mas quando estas fazem parte da rotina e a tensão se espalha pelo ambiente corporativo, o profissional precisa de ajuda.
“Nessas situações, o feedback é importante. Ainda mais se as atitudes de uma pessoa estão prejudicando a equipe. Uma coisa é querer resultados agressivos, outra é você ser agressivo”, afirma Entschev.