Carreira

4 dicas para minimizar as frustrações com o novo emprego

Pesquisa recente do Glassdoor mostra que de cada 10 profissionais, seis afirmam que a realidade dos novos empregos é diferente do que eles esperavam


	Homem frustrado: parte da culpa, muitas vezes, é do profissional que não soube analisar a proposta de emprego, dizem especialistas
 (Getty Images)

Homem frustrado: parte da culpa, muitas vezes, é do profissional que não soube analisar a proposta de emprego, dizem especialistas (Getty Images)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 18 de junho de 2013 às 14h47.

São Paulo – Você lê o anúncio da oportunidade profissional e tudo indica que aquele é o emprego dos sonhos. Encara o longo processo de seleção e as expectativas apenas aumentam. Até que recebe a esperada resposta: você está contratado.

Passados os primeiros dias e meses, a realidade, então, decide bater na porta: segundo pesquisa recente do Glassdoor, de cada dez profissionais que mudaram de emprego, seis afirmam que a rotina diária no novo trabalho é muito diferente daquilo que eles haviam projetado antes de aceitar a proposta. 

Especialistas ouvidos por EXAME.com são categóricos ao afirmar que o caminho para reduzir as frustrações com o novo emprego está nos anteriores ao aceite da proposta e na postura assumida pelo próprio profissional, depois.  Entenda: 

Pesquise 

Chegar na entrevista de emprego com um bom repertório de informações sobre os negócios da companhia não serve apenas para impressionar o recrutador. Tais dados são essenciais para que você faça as perguntas certas e saiba, de antemão, qual o contexto em que provavelmente será inserido. 

A dica, segundo Joseph Teperman, da Flow, é não ficar restrito também às informações oficiais divulgados no site da empresa. Leia as últimas notícias relacionadas à companhia (em EXAME.com, você pode ir em tópicos e procurar pelo nome da empresa para ter acesso a isso) e converse com quem trabalha ou já trabalhou por lá.

Para descobrir a cultura da empresa, fique atento, por exemplo, a itens como políticas de remuneração, estrutura hierárquica, plano de carreira, código de ética, horário de expediente real e necessidade de fazer viagens a negócios, entre outros fatores. 

Ouça 

“Durante o processo seletivo, os candidatos tendem a ficar muito preocupados em se vender e não ouvem o que a empresa está falando”, diz Teperman. O que o recrutador pergunta, a maneira como ele reage às suas respostas e questões, tudo ajuda a pintar um panorama mais claro dos bastidores da cultura da empresa. 


Mas as entrelinhas não são as únicas a falar neste contexto. Muitas vezes, o futuro chefe fala e muita gente, simplesmente, escolhe não entender ou, pior, julga que quando chegar ao novo emprego tudo poderá mudar – algo com raras chances de acontecer.

O correto é colocar todos os pingos nos “is” antes de fechar o contrato. “As expectativas das duas partes devem estar claras e explicitadas”, afirma Alexandre Rangel, da Alliance Coaching. “Afinal, é uma negociação”. Como qualquer outra.

Conheça-se 

Mas não adianta saber cada detalhe que compõe a estrutura corporativa da empresa sem ter uma noção clara se esta cultura combina com você. Ter uma noção clara de si é outro fundamento básico para minimizar as frustrações. Um exemplo simples explica este fato: se ter acesso às redes sociais é algo importante para você, provavelmente, trabalhar em um local onde elas são proibidas será desmotivante. 

Assuma

“Em qualquer relacionamento, você não pode jogar para o outro a responsabilidade de fazer você feliz”, afirma Teperman. O mesmo vale para sua relação com a empresa: muitas vezes, não é só da corporação a culpa pelas expectativas frustradas.

Em algumas situações, faltou ao profissional a capacidade de prestar atenção em si mesmo e nos detalhes da companhia para tomar a melhor decisão, ou não teve disposição para se adaptar e por aí vai. 

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