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3 lições para apreender com Gandhi, Mandela e Luther King

Confira três aspectos que se repetiram ao longo das trajetórias destes três líderes e que podem servir de fonte de inspiração no campo profissional


	Nelson Mandela
 (Alexander Joe/AFP)

Nelson Mandela (Alexander Joe/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2015 às 07h08.

São Paulo – Um dos exemplos deixados por três dos mais importantes líderes mundiais do século passado, Mahatma Gandhi, Nelson Mandela e Martin Luther King, é, certamente, a capacidade de influenciar pessoas sem ter, necessariamente, autoridade sobre elas.

Característica fundamental para quem deseja liderar desde equipes pequenas no trabalho até grandes grupos de pessoas, a capacidade de influência é o que leva alguém a promover grandes mudanças para atingir resultados.

Investigar como estes três ícones mundiais conseguiram mobilizar multidões em prol de uma causa, em situações e momentos distintos, foi uma das “missões” que João Marcelo Furlan, CEO da Enora Leaders, levou na bagagem ao ter a oportunidade de viajar para Índia, África do Sul e Estados Unidos em 2014.

“Quis determinar padrões de comportamento em comum entre eles, entender as sua atitudes”, diz Furlan. Com a imersão na vida dos três líderes, Furlan identificou três aspectos que se repetiram ao longo de suas trajetórias e que podem servir de fonte de inspiração no campo profissional:

1. Uma ampla visão de mudanças

Tanto Gandhi quanto Mandela e Luther King enxergavam (e desenhavam mudanças) muito à frente de seu tempo. “Quando Mandela foi preso disse aos seus familiares que tempos difíceis viriam, mas enxergava que o fim do Apartheid era um futuro possível, e essa visão positiva o ajudou a suportar 27 anos de prisão”, diz Furlan.

O discurso “Eu Tenho um Sonho”, de Martin Luther King, diz Furlan, também explicita a sua ampla visão de mudança: “eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade”, disse Luther King”. Essa era a imagem que ele projetava para o futuro.

Dentro da realidade profissional, vale refletir sobre qual o objetivo a ser alcançado e acreditar nas grandes mudanças positivas que o tornarão uma realidade. “Faço esse exercício com meus alunos, e peço para desenharem uma imagem clara do que seria o sucesso em suas áreas de atuação, na visão deles”, diz Furlan.

Que mudança objetiva determinaria o sucesso na sua carreira, da sua equipe ou da sua empresa? Defina qual e acredite nela, indica Furlan.

2. Perseverança (mesmo sob as condições mais adversas)

Em 1906, Gandhi passou a usar o termo SATYAGRAHA ou “insistência na verdade” para definir sua crença e abordagem da não violência com o objetivo de superar a ocupação britânica. “A persistência é a base da não violência”, diz Furlan.

Essa atitude, diz Furlan, influenciou e permeou a atuação de Mandela (que conheceu Gandhi, pessoalmente) e Luther King (viajou à Índia para estudar os seus métodos).

Citando David Ulrich, no livro “Sustentabilidade da Liderança”, Furlan explica o que significa a persistência para um líder: “é superar barreiras em curto e médio prazo, em prol do objetivo em longo prazo.”

Grandes mudanças podem levar a grandes dificuldades, diz Furlan, mas mantenha-se firme, indica o CEO da Enora Leaders. A trajetória de Steve Jobs também é um exemplo. “Ele não abriu mão de seus valores e ideias, foi demitido da sua própria empresa e quando voltou foi quando a Apple teve seu grande sucesso”, diz.

3. Integridade e humildade

Integridade era uma virtude que se repetia nos três líderes. Além disso, suas trajetórias materializaram os exemplos de humildade e fraternidade que quiseram transmitir às pessoas, diz Furlan.

Ele conta que Gandhi costumava lavar os pés dos doentes, atitude símbolo de sua humildade.Seus seguidores se identificaram com estes valores, o que explica, em parte, sua enorme capacidade de influência. 

“Um líder não cria barreiras entre ele e as pessoas”, diz Furlan. A lição-chave aqui, diz ele, é perceber que pessoas seguem o que parece ser “o certo” para elas, desde que exista humildade na forma de liderar.

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