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1. A experiência como escola
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São Paulo – Para algumas
carreiras, o conhecimento transmitido pelos professores ao longo dos anos de
faculdade é essencial para o início da atuação profissional. Para outras, a faculdade dá a base teórica inicial, mas a grande escola é a experiência prática, que pode estar aliada (ou não) a cursos de
pós-graduação e extensão. É assim com
profissões mais novas relacionadas a marketing digital e tecnologia da informação. É assim com uma das profissões mais antigas do mundo: a de vendedor, ou uma nem tão antiga, mas também nem tão nova como a de headhunter. Veja o que especialistas e profissionais dessas áreas têm a dizer sobre estas funções:
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2. Profissional de marketing digital de performance
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Gerar resultados e os chamados leads - que é o contato do usuário com a empresa - resume o escopo de atuação em marketing digital de performance. É uma profissão relativamente nova que vem evoluindo no ritmo da tecnologia, explica Fábio Rowinski, diretor da iProspect. É preciso se reinventar constantemente, diz. “Para se ter uma ideia, o Google tem 16 anos e o Facebook, 10. Essas duas plataformas se tornaram fontes de negócios gigantescas e começaram a ter relevância no mundo corporativo. Mas ainda não se criou uma estrutura educacional para atender essa demanda”, diz ele. Sem ainda uma preparação universitária robusta, o jeito é aprender “na marra”, diz Rowinski. Para começar, ele sugere uma iniciação por meio dos cursos específicos de extensão e especialização que já existem no mercado. “E já procurar vaga em alguma agência”, sugere. Segundo ele, a agências menores têm tipo um papel importante na formação da mão de obra. “O principal, para quem quer trabalhar com isso é estar apto a lidar com uma disciplina em constante evolução”, diz Fábio.
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3. Especialista em métricas e plataformas
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Mensurar e, a partir das ferramentas de análise disponíveis, entender o movimento do usuário em plataformas como
Google,
Twitter,
Facebook,
YouTube é trabalho de um especialista em métricas e plataformas, função também ligada ao marketing digital. Antes de assumir a diretoria de mídia da AgênciaClick Isobar, Natalia Traldi atuava nesta área. Ela explica que o trabalho foi sendo possível a partir do surgimento das próprias ferramentas de análise. Hoje, é possível, antes da tomada de decisão, cruzar informações saber como o usuário consome, em que horário ele consome e o que ele valoriza da marca, por exemplo. “As plataformas de social mídia passaram a ser mensuráveis e o trabalho foi sendo possível da mesma forma como já existia para análise de performance em sites”, explica.
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4. Arquiteto da informação
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A atuação profissional de um arquiteto da informação pode ser comparada ao que é a biblioteconomia, em termos de organização e classificação de informações. Só que há um viés mais técnico, já que tudo se dá em ambiente digital. A explicação vem de Natalia Traldi, diretora de mídia da AgênciaClick Isobar. Publicitária de formação, ela já desempenhou esta função ao longo da sua carreira, junto com diversas outras tarefas relacionadas a marketing digital. No caso dela, arquitetura da informação era voltada para as plataformas mobile. E nada (ou quase nada) disso, ela aprendeu na faculdade, apesar de ter feito uma matéria optativa sobre arquitetura da informação. Aprendizado contínuo e adaptação aos movimentos da tecnologia são características dos profissionais que se aventuram nesta área. “Às vezes você tem a ideia mas ainda não tem a tecnologia”, diz.
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5. Analista de sistemas SAP
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5/12 (Ralph Orlowski/Bloomberg)
O SAP é um sistema de gestão corporativa. E o especialista implementa esse sistema nas empresas. “SAP é uma área que está em alta e ninguém aprende na faculdade”, diz Henrique Gamba, gerente executivo da área de TI e Telecom da Talenses. Para aprender é preciso fazer um curso que se se chama Academia SAP, diz o gerente da Talenses. Para recrutar este tipo de profissional e outros na área de TI, Gamba diz que o que conta é mais a experiência prática. “Quando olhamos o currículo estamos mais preocupados em olhar a experiência e as empresas pelas quais o profissional passou do que a formação que ele tem”, diz.
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6. Gestor de contas
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“O gestor de contas cuida do relacionamento com o cliente”, explica Louis Buccia Louis Bucciariarelli, country manager da Return Path, líder global na área de inteligência de email. Na opinião dele, esta é outra profissão que não se aprende a exercer nas salas de aula da faculdade. Independentemente do tipo de conta e setor de atuação, elaborar uma estratégia diferente para cada cliente dentro do plano de gestão de contas a partir de indicadores de desempenho que avaliem a rentabilidade e a performance da relação são pontos chave para quem quer se dar bem nesta carreira. No caso da Return Path, o caminho de preparação passa por computação, marketing e gestão de pessoas. “Se o profissional tem base de conhecimento de ferramentas online e perfil de relacionamento com cliente, o resto a gente ensina”, diz.
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7. Gerente de projetos
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É o profissional que tem o papel de consolidar indicadores para conduzir e gerenciar projetos. “Para isso ele deve conhecer as metodologias e ter experiência prática”, diz Henrique Gamba, gerente executivo da área de TI e Telecom da Talenses. Ele explica que a nomenclatura é ampla e, nem sempre quer dizer nível gerencial. “Muitas vezes o profissional não tem pessoas se reportando a ele”, diz. Existem certificações, como a PMP (Project Management Professional) que são exigidas dos profissionais desta área e atestam formação, experiência e competência para gerir projetos. “Há cursos preparatórios para certificação PMP e em cursos de pós-graduação, a pessoa vai conhecer metodologias”, diz Gamba.
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8. Analista de negócios
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É o profissional que gerencia as demandas de tecnologia da informação de uma área de negócio. “Faz a interface do TI com área de negócio”, diz Gamba. Geralmente a formação profissional do analista de negócios é em tecnologia da informação ou áreas correlatas. Mas para trabalhar é preciso conhecer os processos da área de negócios, em questão, que pode ser financeira, recursos humanos, vendas, jurídica. “E isso se aprende no dia a dia”, diz Gamba.
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9. Arquiteto de TI
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Entender o contexto para desenvolver e implementar o modelo mais adequado de sistema para atender aquele negócio é a função do arquiteto de TI. Ele é o responsável pelo desenho e definição de padrões de arquitetura de sistemas, integração, organização e estruturação de processos e subsistemas. “Isso se aprende com experiência prática e há também cursos de pós-graduação”, diz Henrique Gamba, gerente executivo da área de TI e Telecom da Talenses.
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10. Headhunters/profissionais de RH
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Há algum tempo o setor de recursos humanos deixou de ser ocupado exclusivamente por psicólogos, diz Sócrates Melo, diretor de operações da Robert Half no Rio de Janeiro e Belo Horizonte. “Área de RH não precisa de faculdade específica para isso. Inclusive está cheio de engenheiros na área de RH, é até uma tendência”, diz ele. Além da prática, cursos de extensão e especialização podem suprir eventuais deficiências. A sua própria profissão, headhunter, diz Sócrates também não é algo que se aprenda fazendo uma faculdade. “Na nossa área de recrutamento, o headhunter é uma pessoa que conhece o mercado e é o perfil dele que faz com que ele se dê bem nos negócios”, diz Melo.
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11. Vendedores
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Um profissional não precisa de uma graduação específica para ser um bom vendedor ou trabalhar na área comercial da empresa.
Mais uma vez é a experiência, os contatos adquiridos ao longo da trajetória e o perfil comportamental que vão definir o sucesso nesta profissão, explica Sócrates Melo, da Robert Half. “É o perfil da pessoa e o conhecimento do mercado de atuação é que vai determinar o sucesso, não é a faculdade. É isso que o mercado busca”, diz Melo.
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12. Agora confira as profissões em que mudança é rotina
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12/12 (Getty Images)