Desde sua fundação, a empresa já transacionou mais de R$ 164 milhões (Lee Jae-Won/Reuters)
Bússola
Publicado em 8 de janeiro de 2022 às 09h36.
Última atualização em 17 de janeiro de 2022 às 16h37.
Operar no comércio exterior não é uma tarefa fácil, principalmente para as pequenas e médias empresas que sofrem com as altas taxas de câmbio e a falta de agilidade do setor. Ao enxergar essa dificuldade, Thiago Oliveira criou a Zebra, uma fintech que automatiza tarefas burocráticas para que as empresas enviem e recebam pagamentos do exterior.
Em menos de um ano de operação, a fintech tornou-se a terceira instituição de câmbio com maior velocidade de crescimento, entre julho e novembro, segundo análise do Ranking do Bacen das instituições financeiras, e transacionou mais de R$ 164 milhões.
“As empresas querem lidar cada vez menos com questões burocráticas, por isso, criamos uma plataforma 100% digital que atua desde a abertura de conta, que é feita em 24 horas, até a transação do recebível para pagamentos Além disso, nós fazemos um rastreamento em tempo real para que as empresas possam acompanhar tudo com mais agilidade e precisão”, diz Thiago Oliveira, CEO da Zebra.
O empreendedor destaca que os últimos meses foram bem positivos para a empresa, principalmente após a regulação do Banco Central que autorizou as transações feitas por instituições não bancárias sejam liquidadas diretamente em contas no exterior, sem passar por bancos.
“É comum grandes bancos e corretoras colocarem um spread alto para afastar as PMEs pois elas oferecem riscos maiores, principalmente de compliance. Mirar nesses negócios nos fez crescer não só em volume transacionado, mas também no negócio. Nos tornamos a 3ª instituição bancária com maior velocidade de crescimento nos últimos meses e estamos em oitavo lugar em volume de importação entre as corretoras que atuam nesse setor. Isso, inclusive, nos colocou à frente de alguns bancos tradicionais”, afirma Thiago.
Além de fazer toda parte de transação, a fintech utiliza ferramentas de inteligência artificial para mapear possíveis riscos. Com a Zebra, as empresas podem enviar apenas dois documentos e em até 24 horas a análise cadastral é realizada. “Investimos em uma tecnologia de ponta para acelerar alguns processos que antes eram muito manuais e trabalhosos. Com isso, conseguimos entregar as melhores taxas e ajudar essas empresas a crescerem, pois elas não precisam depender só dos bancos e corretoras tradicionais para efetuar essas transações”, diz o CEO.
Em agosto, primeiro mês de atuação da Zebra, a empresa movimentou R$ 20 milhões. O montante a colocou na lista de 30 maiores corretoras de câmbio do País em volume transacionado e atualmente está em 17º lugar entre o volume negociado. Hoje, os principais clientes da fintech são do setores hortifrutigranjeiro, indústrias de menor porte e linha de serviços, como transferências internacionais de salários, consultoria para negócios que atuam com esses recebíveis.
“Nosso objetivo é continuar crescendo nesse ranking e também como negócio. Para 2022 vamos investir no time e mirar em novos setores de atuação para oferecer a melhor experiência possível para as empresas que dependem de transferências internacionais”, conclui Thiago.
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