Brasil é um dos países que mais rapidamente envelhecem no mundo. (Westend61/Getty Images)
Bússola
Publicado em 13 de janeiro de 2022 às 10h00.
Última atualização em 13 de janeiro de 2022 às 14h14.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, até 2030, os idosos devem superar o total de crianças entre zero e 14 anos, colocando o Brasil entre os países que mais rapidamente envelhecem no mundo. Mas esses muito bem-vindos anos a mais também trazem um importante desafio: não apenas viver mais, mas viver melhor. Nesse cenário, o ideal é iniciar, o quanto antes, um planejamento financeiro que possibilite alcançar a tão almejada segurança na maturidade. E, em se tratando de longo prazo, esse planejamento deve incluir um bom plano de previdência privada.
Em linhas gerais, os planos se destinam a aposentadoria ou constituição de reserva para geração de renda no futuro, planejamento tributário e sucessório ou mesmo formação de poupança para a educação dos filhos.
“As modalidades mais comuns são o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). O PGBL é indicado para quem faz a declaração completa de Imposto de Renda e contribui para o INSS ou regimes próprios de previdência. Essa opção permite dedução de até 12% da renda bruta anual. Já o VGBL é ideal para quem é isento de IR na fonte e utiliza apenas a declaração simplificada, ou seja, o imposto incide apenas sobre os rendimentos, no resgate”, declara Marcelo Rosseti, superintendente executivo da Bradesco Vida e Previdência.
Os recursos aportados nos planos são aplicados em fundos de investimento em Previdência. E, nos últimos anos, o forte avanço e a sofisticação da indústria de investimentos tornaram a previdência privada mais atrativa, com oferta diversificada de produtos para clientes de todos os perfis, do conservador ao arrojado. Atualmente, além da tradicional renda fixa, há fundos de previdência que investem no mercado acionário, os chamados multimercados, que podem ser aplicados em diversas classes de ativos e os que destinam parte dos investimentos em mercados internacionais.
Outro aspecto favorável a esse instrumento como formador de reserva de longo prazo é a portabilidade, que permite ao investidor trocar de gestor ou de fundo sem a incidência de imposto, alterando sua estratégia de investimento em função do seu momento de vida ou mesmo para aproveitar janelas de oportunidades do mercado financeiro.
“O leque de opções é enorme, e o investidor pode ingressar em fundos muito sofisticados com tíquetes baixos, a partir de R$ 50,00. O ideal, como sabemos, é começar o quanto antes. Porém, mesmo quem já tem certa idade pode se beneficiar desses produtos, inclusive para fins de planejamento sucessório, questão em que a previdência privada também oferece incentivos, como a liberação de inventário e a isenção do imposto sobre transmissão de bens”, diz Rosseti.
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