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Você confunde engajamento com motivação? Está faltando governança

Confundir engajamento com motivação é um dos erros mais comuns cometidos pelas lideranças; engajar é mais cognitivo que emocional

Governança é fundamental para o fortalecimento dos negócios (Weekend Images Inc./Getty Images)

Governança é fundamental para o fortalecimento dos negócios (Weekend Images Inc./Getty Images)

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Publicado em 5 de maio de 2022 às 16h50.

O papel da governança corporativa é muito mais que inserir um conjunto de práticas para gerir uma empresa; trata-se da arte de gerenciar todos os aspectos que envolvem — direta e indiretamente — acionistas, diretoria, funcionários, stakeholders, consumidores.

Para a conselheira e especialista em ESG Claudia Elisa Soares, governança é fundamental para o fortalecimento dos negócios. “As empresas precisam evoluir na entrega de valores e na formação de pessoas mais engajadas, e uma boa governança corporativa é aquela que contribui para que isso aconteça.”

Gestores que fazem reuniões individuais com seus funcionários, por exemplo, conseguem ter equipes mais comprometidas do que os que não adotam a mesma prática. Segundo uma pesquisa realizada pela Feedz, plataforma de engajamento de colaboradores, ter um ambiente leve e amigável também conta para que os colaboradores vistam a camisa e tenham aquele sentimento de pertencimento.

A pesquisa constatou ainda que, se o propósito e os valores da empresa estiverem alinhados e houver práticas de gestão que estimulem a integração e comunicação, existirá um terreno mais favorável para bons relacionamentos.

Um dos erros mais recorrentes dos gestores é quando confundem engajamento com motivação e acreditam que proporcionar momentos de lazer e diversão (que também têm a sua importância) irá resultar em um maior engajamento.

O ato de engajar acaba sendo muito mais cognitivo que emocional. As pessoas precisam compreender o processo e se sentir parte dele para vestirem a camisa. “Eu engajo porque sei qual é o objetivo, sei para onde estão indo, e por enxergar uma coerência estratégica nesse processo eu me sinto parte dele”, afirma Claudia.

Neste contexto, ter uma governança corporativa que saiba como engajar suas lideranças é essencial para estimular o crescimento da empresa de forma mais humanizada, dando a ela ferramentas e percepções que às vezes na correria do dia a dia os próprios sócios da empresa não conseguem enxergar. “Este, por sinal, acaba sendo o grande trunfo do conselheiro corporativo: o seu distanciamento crítico que lhe permite observar o todo com mais clareza e isenção”, diz a conselheira.

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