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Um olhar para a saúde frente à pandemia

CEO do Grupo Mafra destaca os desafios do setor de saúde em tempos de coronavírus e o que esperar do futuro

Com a pandemia, uma série de tendências foi acelerada, como, por exemplo, o acesso de dados pelos pacientes (Alistair Berg/Getty Images)

Com a pandemia, uma série de tendências foi acelerada, como, por exemplo, o acesso de dados pelos pacientes (Alistair Berg/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 13h37.

Última atualização em 23 de dezembro de 2020 às 13h37.

O ano de 2020 será lembrado por muitos desafios e dificuldades que surgiram de forma rápida e brusca por causa da pandemia do novo coronavírus. Hospitais públicos e privados, laboratórios, clínicas, postos de saúde, fabricantes, distribuidoras e todos que fazem parte de uma estrutura na gestão de saúde tiveram que correr contra o tempo para ampliar o suporte necessário aos obstáculos que a pandemia trouxe, além de suprir as demandas já existentes.

Em um ano em que materiais simples de EPIS - como máscara e álcool gel - tiveram mais buscas do que um aparelho celular, ficou evidente a importância de discutirmos o contexto da saúde frente à pandemia. O Brasil possui uma grande dependência de materiais vindos do exterior, e, em momentos como este, a produção nacional mostra seu valor e a necessidade de ampliá-la, para termos produtos mais baratos e acessíveis no mercado e de forma mais abrangente e veloz.

Ganhou importância também cada vez maior  o papel do SUS (Sistema Único de Saúde) que permitiu que milhares de vidas fossem salvas. É um dos modelos mais inclusivos do mundo e que devemos sempre valorizar.

Com a pandemia, uma série de tendências foi acelerada, como, por exemplo, o acesso de dados pelos pacientes, usando a tecnologia e criando uma base para desenvolver novos modelos de negócio. Podemos citar ainda a necessidade de consumo de produtos e serviços em casa e em outros locais remotamente, prescrições eletrônicas e atendimentos primários fora de hospitais de alta complexidade.

A telemedicina é um avanço que também veio para ficar, evitando filas para consultas simples ou compras de medicamentos, contribuindo para uma quebra de paradigma quanto ao uso da tecnologia, que vem para somar e facilitar a relação entre os profissionais da saúde e pacientes e nunca substituir as práticas atuais.

E, ainda quando falamos de futuro, é preciso destacar a urgência de uma política nacional que tenha a saúde como prioridade, pois são muitos Brasis dentro do Brasil, com cada região com suas peculiaridades. O futuro da saúde passa pela capacidade de gerar dados, usar novos modelos e tecnologias que estão sendo eficientes, impulsionar fabricação nacional de produtos essenciais e aplicar visando ao bem comum. Toda estratégia que amplie os bons resultados no setor é bem-vinda, pois pode fazer a diferença no cuidado com cada vida.

*Leonardo Byrro é CEO do Grupo Mafra, ecossistema especializado em cuidado com empresas e líderes na fabricação e distribuição de materiais e medicamentos para saúde, com produtos e soluções presentes em mais de 97% dos leitos do país.

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