Impacto da covid-19 em restaurantes e supermercados: balanço especial e inédito será revelado no encontro virtual (FG Trade/Getty Images)
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Publicado em 29 de junho de 2021 às 09h00.
Última atualização em 29 de junho de 2021 às 09h08.
Presente em cerca de 700.000 estabelecimentos comerciais do país, a Alelo é capaz de medir os hábitos de consumo dos brasileiros em restaurantes e supermercados com enorme precisão. Em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ela lançou em abril do ano passado dois indicadores que ajudam a monitorar o impacto da pandemia nas compras feitas em estabelecimentos do tipo.
Trata-se do Índice de Consumo em Supermercados (ICS) e do Índice de Consumo em Restaurantes (ICR), os únicos indicadores que estão medindo os efeitos reais da covid-19 nos dois segmentos desde que ela começou e que se tornou uma importante fonte de informação para empresas ligadas ao segmento.
Por meio de relatórios divulgados mês a mês no site da Alelo, os números são alimentados por dados relacionados ao uso dos cartões Alelo Refeição e Alelo Alimentação. Levam-se em conta tanto a frequência dos gastos quanto o volume e os valores das transações.
O objetivo inicial dos dois índices, nos planos da companhia desde 2019, era ajudar o varejo a entender de que forma os consumidores estavam fazendo uso dos vouchers (vale-refeição e vale-alimentação), com ou sem covid-19 no horizonte. Com a chegada da pandemia, surgiu mais um intuito: auxiliar o setor na retomada, já que benefícios do tipo representam uma receita expressiva para incontáveis restaurantes e supermercados, além de padarias, hortifrutis e similares.
Visando atender rapidamente às demandas provocadas por novos hábitos e tendências de consumo e a inovar no setor de benefícios, a Alelo irá celebrar o primeiro ano dos indicadores com uma live no dia 30 de junho, às 12 horas, comandada por Cesário Nakamura, presidente da companhia, Daniel Martins, superintendente de gestão da informação da empresa, Bruno Oliva, coordenador de pesquisas da Fipe, Pierre Berenstein, presidente da Bloomin’ Brands Brasil, e por Rodrigo Bauer, diretor de TI dos Supermercados Pague Menos.
Um balanço especial e inédito sobre os impactos da covid-19 no poder de compra em estabelecimentos do tipo e no comportamento dos consumidores será revelado no encontro virtual. “Com o home office, muitos usuários do cartão de refeição migraram para o de alimentação”, adianta Nakamura.
Impactos mensurados
Convém registrar que a análise do uso de benefícios voltados para a alimentação permite a compreensão de hábitos de consumo de fatias relevantes da pirâmide econômica. E ainda ajuda a diagnosticar as preferências alimentares e nutricionais dos trabalhadores formais no atual contexto.
Não é segredo que os vouchers podem contribuir de forma importante para o orçamento doméstico, aumentando a renda disponível para outros gastos, inclusive para o pagamento de contas e dívidas. Em se tratando de famílias de renda mais baixa, comumente mais expostas ao desemprego e à queda no poder de compra motivada pelo avanço da inflação, a situação é mais dramática.
Como se sabe, as diferentes medidas sanitárias e econômicas implantadas no país em razão da pandemia chacoalhou a atividade econômica, o mercado de trabalho, a renda dos trabalhadores e o comportamento dos consumidores.
A economia brasileira apresentou uma aceleração de seus principais índices de preço, a exemplo do IGP-M/FGV e do IPCA/IBGE, afetando tanto itens essenciais da cesta básica quanto o preço dos combustíveis. Daí a importância de se avaliar em que medida os valores das recargas dos benefícios — em especial dos que envolvem alimentação — estão se comportando em relação à evolução do valor médio da cesta básica.
A Fipe analisou uma amostra de dados da Alelo relacionados à quantidade e ao valor das transações efetivadas com os benefícios Alimentação e Refeição entre janeiro de 2018 e março de 2021. Deu maior ênfase, claro, às diferenças notadas ao longo dos últimos 12 meses, em comparação ao período que vai de abril de 2019 a março de 2020.
A partir de dados relacionados ao valor das cestas básicas, apurados pelo Dieese para as principais capitais brasileiras, foi possível estimar como o poder de compra dos benefícios evoluiu durante a crise sanitária. “Logo que começou a pandemia ficou claro que a recuperação do setor levaria mais tempo que o previsto”, recorda Nakamura.
Mais detalhes serão revelados na live que marca o primeiro aniversário do índice Fipe e Alelo no dia 30 de junho, às 12h. Clique aqui para se inscrever e acompanhar.