Jovens brasileiros entre 18 e 29 anos já representam 48,1% de empreendedores independentes atuando com vendas diretas (TravelCouples/Getty Images)
Bússola
Publicado em 6 de outubro de 2021 às 17h46.
Por Alexandre Loures e Flávio Castro*
O mercado de comércio eletrônico cresceu muito durante a pandemia. Pessoas aderiram à prática quando começaram a ter mais segurança no modelo de compras e passaram a utilizar ferramentas digitais para comprar em supermercados, farmácias, lojas de roupas, calçados, cursos e tantas outras categorias.
As plataformas de mídias sociais, compreendendo o movimento, começaram a investir em uma forma de consumo de produtos e serviços integrando aplicativos de pagamentos e também conectando ofertas a compradores por meio de serviços onde a logística é tratada por terceiros.
Instagram, Facebook, Tik Tok e Pinterest, por exemplo, começaram a ter a funcionalidade de e-commerce, atendendo os clientes onde eles estão.
Segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Empresa de Vendas Diretas (Abevd), desde o início de 2020, jovens brasileiros entre 18 e 29 anos já representam 48,1% de empreendedores independentes atuando com vendas diretas no país, utilizando aplicativos e internet para a venda de seus produtos.
As mídias sociais, como já falamos aqui, são altamente influentes nas decisões de compra. A conectividade social é o novo boca-a-boca e as marcas estão “correndo” para atender essa demanda.
Definitivamente o aumento do consumo de mídia social e o boom do comércio eletrônico corroboram para essa adaptação das plataformas.
É o caso do TikTok que está oferecendo aos profissionais de marketing, ferramentas de compras que incluem links para compras ao vivo e galerias de produtos em anúncios; assim como o Pinterest que expandiu seu recurso shopping, incluindo o Brasil, onde os usuários poderão fazer compras direto nos Pins, boards e ver as recomendações de especialistas.
A finalidade das redes sociais está se expandindo para trazer multifuncionalidades e oferecer mais serviços.
Neste cenário, plataformas como a Motom, nos EUA, e Loopi, no Brasil surgem para aquecer ainda mais esse mercado.
A Motom é o primeiro aplicativo que reúne as principais redes sociais sob o mesmo teto para oferecer uma experiência de compra otimizada para criadores, consumidores, marcas e comerciantes. A proposta é tornar todas as postagens do TikTok, Instagram e Youtube compráveis.
A brasileira Loopi, criada em abril deste ano, conseguiu aporte de nada menos que US$ 5 milhões em uma rodada de investimentos seed para melhorar seu serviço e pesquisar seu público-alvo. Com formato diferente do e-commerce tradicional, no aplicativo Loopi, influencers e criadores de conteúdo produzem vídeos explicativos e lives sobre itens a serem vendidos.
Essa parceria e utilização de vídeos cria uma conexão humanizada entre usuários e produtos e inova para além do que já é oferecido.
Mídias sociais evoluíram com a integração de aplicativos que rivalizam com a maioria dos sites de comércio eletrônico.
O uso passou a servir, além da conectividade, para urgências e vontades do cotidiano da maioria dos seres humanos.
Quando Maslow criou a sua famosa pirâmide, não podia imaginar que as mídias sociais pudessem atender a todas, ou quase todas, necessidades listadas.
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*Alexandre Loures e Flávio Castro são sócios da FSB Comunicação
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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