Bússola

Um conteúdo Bússola

TRENDS: A queda das redes sociais vale quanto em dinheiro?

Mark Zuckerberg tem prejuízo de US$ 6 bilhões e perde o posto de quarto homem mais rico do mundo

É preciso diversificar as formas de se conectar com clientes e não usar somente as redes sociais. (Chesnot / Colaborador/Getty Images)

É preciso diversificar as formas de se conectar com clientes e não usar somente as redes sociais. (Chesnot / Colaborador/Getty Images)

B

Bússola

Publicado em 13 de outubro de 2021 às 18h32.

Por Alexandre Loures e Flávio Castro*

Usuários das redes sociais sabem que o Facebook, WhatsApp e Instagram ficaram fora do ar por, pelo menos, seis horas na semana passada.

O Facebook atribuiu a queda das redes à mudança de configuração dos roteadores que coordenam o tráfego de internet entre os centros de dados, mas a verdade é que ninguém sabe exatamente o que aconteceu.

O problema é que esse apagão impactou cerca de 2,8 bilhões de pessoas em apenas um dia.

Para Mark Zuckerberg, cofundador e principal acionista das empresas, o prejuízo foi de US$ 6 bilhões e, pessoalmente, a perda do posto de quarto homem mais rico do mundo.

Cá entre nós, vamos considerar que perder uma posição nesse ranking não muda muita coisa, mas para os usuários, o prejuízo foi significativo.

O Digital AdSpend 2021 da IAB apontou que a publicidade digital atingiu o patamar de R$23,7 bilhões no ano passado.

Neste contexto, usuários que utilizam as três ferramentas para impulsionarem seus negócios seja com postagens patrocinadas, links de parcerias, vendas, campanhas planejadas e até como ferramenta de comunicação, os danos foram consideráveis.

Para se ter uma ideia, o Facebook registrou perda de aproximadamente US$ 80 milhões em receitas de publicidade, estimativa feita pela revista Fortune e agência de checagens Snopes.

Isso mostra o quanto são influentes essas ferramentas de mídia digital sobre a economia online.

 

As pessoas dependem desses serviços para trabalhar e, em sua maioria, consideram o funcionamento das redes seguro, sem se importar muito com um plano B ou com a gestão de riscos.

Ainda não é possível calcular o prejuízo financeiro de cada empreendedor afetado, mas podemos examinar que essa queda representa, pelo menos, um dia a menos de vendas e negócios.

Isso significa um alerta: não é possível ser refém das redes sociais.

Diversificar plataformas, optar por construir um site, criar uma lista de e-mails para se conectar com clientes de uma maneira diferente, ter contatos atualizados para um possível envio de mensagens de texto de outras ferramentas, aumentar a presença do negócio e a confiança do consumidor é primordial.

Uma empresa, marca, influenciador e, assim por diante, tem que ter um esquema de conexão com seu público que funcione de diversas maneiras para que, em um momento de pane, possa acionar outras ferramentas que contornem um possível prejuízo.

Quanto vale depender de umas poucas ferramentas para trabalhar?

Algumas horas de pane podem custar umas boas transações e, muito provavelmente, uma perda no ranking da concorrência.

Leia mais:

*Alexandre Loures e Flávio Castro são sócios da FSB Comunicação

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

Acompanhe tudo sobre:Comunicaçãomark-zuckerbergRedes sociais

Mais de Bússola

Estratégia ESG: como a Petlove reduziu 42% dos resíduos gerados

Bússola Cultural: Martin Luther King, o musical

Entidades alertam STF para risco jurídico em caso sobre Lei das S.A

Regina Monge: o que é a Economia da Atenção?