63% dos funcionários afirmam que seu estresse financeiro aumentou desde o início da pandemia, revela pesquisa. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Bússola
Publicado em 29 de dezembro de 2021 às 13h00.
Por Henrique Soares*
Sabemos que, no Brasil, muita gente não sabe organizar seu orçamento pessoal e, como consequência, a maioria da população acumula dívidas que os afastam dos seus sonhos e objetivos. A pandemia, infelizmente, só piorou essa situação. No Brasil atingimos nos últimos meses recordes de desemprego e de endividados. Segundo a Pesquisa de Bem-Estar Financeiro de Funcionários da PwC deste ano, 63% dos funcionários afirmam que seu estresse financeiro aumentou desde o início da pandemia.
Por mais que não seja uma obrigação, as empresas possuem uma oportunidade fantástica — a de ajudar o funcionário a melhorar as suas finanças e a tomar melhores decisões no futuro. Os mais necessitados são aqueles que ganham até quatro salários mínimos. Justamente esses têm pouquíssimo apoio do sistema financeiro tradicional para auxiliá-los. No Brasil da alta inflação, 30,2 milhões de pessoas sobrevivem com até um salário mínimo.
A boa notícia é que as companhias já podem construir um canal de contato com os funcionários e entender os problemas e preocupações que tiram o sono dos seus colaboradores. É essa é a principal atuação da Pilla — ajudar as companhias com a educação financeira dos seus colaboradores, bem como oferecer consultores financeiros para ajudar os funcionários a traçar planos e realizar os seus sonhos. O desafio dos consultores financeiros da Pilla é deixar os funcionários menos endividados, com uma reserva de emergência maior e investindo mais a cada mês.
E os dois saem ganhando: a empresa também se beneficia ao transformar a relação do funcionário com o dinheiro. Além de aumentar a satisfação interna, quem tem problema financeiro costuma render menos, porque a cabeça fica em outro lugar. Além disso, sabemos que é comum os funcionários mais necessitados pedirem demissão para ter acesso às verbas rescisórias — o famoso “acerto”.
Ainda segundo o estudo da PwC, 72% dos funcionários que tiveram aumento do estresse em relação às finanças se mostraram atraídos por outras empresas que se preocupam mais com o bem-estar financeiro em relação ao seu empregador atual.
Além da retenção de talentos, os problemas financeiros diminuem em 45% a produtividade no trabalho. Também em casos mais específicos, podem ocorrer empréstimos entre os colaboradores, e quando há algum atraso no pagamento, há chances de surgir uma tensão entre o time.
Porém, como apoiar os funcionários nesta situação tão delicada? Muitos colaboradores ficam desconfortáveis em tratar de problemas financeiros com a empresa, até porque existe um receio de que os funcionários menos organizados financeiramente recebam menos oportunidades de promoção.
Por isso, é importante criar um fluxo em que o funcionário saiba que as suas informações estarão protegidas, e que não haverá nenhum tipo de preferência em promoções internas por quem é mais organizado financeiramente. É essencial que a companhia entenda a situação financeira da sua equipe, mas ela não precisa saber exatamente quais funcionários têm problemas. É aí que entra a Pilla — ela gerencia esse relacionamento para a empresa.
Muitas vezes um problema simples pode acarretar em um grande prejuízo e encontrar soluções realmente muda a vida de uma pessoa. Um caso recente foi o da Priscila, que recebia R$ 2.500 por mês. A fatura do cartão de crédito dela vencia no dia 25, mas ela só recebia no dia 30. Como no dia 25 ela não tinha mais dinheiro na conta, entrava no cheque especial todos os meses. A Pilla encontrou uma solução simples, porém, altamente eficaz — mudar o dia da fatura da Priscila. Ela nunca mais precisou de dinheiro emprestado desde então.
O adiantamento de salário é outra solução simples e muito eficaz. Francisco tinha um salário de R$ 2.400 e possuía uma dívida há 12 anos que acumulava o valor de R$ 30 mil reais. Ele não possuía reserva de emergência e nenhuma perspectiva de limpar o nome. Como a dívida era muito antiga, ele recebia diversas propostas de renegociação, porém não conseguia fechar nenhuma proposta porque não tinha dinheiro guardado. Com o adiantamento de salário e do 13º, ele conseguiu limpar o nome com mais de 90% de desconto.
Esta é a missão da Pilla — usar a educação financeira como um trampolim para os funcionários das empresas parceiras alcançarem seus sonhos. Vamos juntos?
*Henrique Soares é CEO e cofundador da Pilla, fintech que trabalha em conjunto com o time de recursos humanos das empresas para melhorar a vida financeira dos colaboradores
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