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Tecnologia e entregas de valor tornam o futuro do SUS excelente

O ganho de eficiência e a eliminação do desperdício são aspectos determinantes para levar o SUS a um nível satisfatório de excelência

Sete em cada dez brasileiros dependeram do SUS em 2019, o que representa 150 milhões de pessoas (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Sete em cada dez brasileiros dependeram do SUS em 2019, o que representa 150 milhões de pessoas (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Por Anthony Eigier*

Visto mundialmente com bons olhos apesar de todos os desafios que enfrenta, o Sistema Único de Saúde, já protagonizou diversas conquistas no país ao longo da história, como o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, a redução da taxa de mortalidade infantil e, mais recentemente, o programa bem-sucedido de vacinação contra a covid-19. 

Com o destaque atual, importantes discussões sobre o futuro do SUS passaram a surgir com mais frequência, o que é muito positivo, já que o Sistema precisa evoluir constantemente e se preparar para utilizar mais tecnologias que são tendência na área da saúde.

Para se ter uma ideia da importância do Sistema, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde divulgada no ano passado pelo IBGE, sete em cada dez brasileiros dependeram do SUS em 2019, o que representa 150 milhões de pessoas. Dessa forma, menos de 30% da população possuía algum plano de saúde.

O ganho de eficiência e a eliminação do desperdício são aspectos determinantes para levar o Sistema a um nível satisfatório de excelência. Dessa forma, recursos tecnológicos como a inteligência artificial podem ser grandes aliados.

Com soluções dessa magnitude, serão vistos como resultados diretos, diagnósticos mais assertivos, melhores tomadas de decisão, otimização de tempo resultando em diminuição de fila e organização eficaz do fluxo de pacientes, entre outros ganhos. A saúde mundial está seguindo por este caminho e um sistema tão importante como o SUS precisa aderir tais inovações. 

Importante lembrar que o uso da inteligência artificial na saúde não tem o objetivo de substituir o diagnóstico humano, mas sim, proporcionar um auxílio de extrema eficiência. Isso significa que por trás da tecnologia, o papel dos médicos e de toda equipe de enfermeiros e técnicos continuará sendo fundamental. Os médicos poderão se dedicar cada vez mais ao contato humano, algo que as máquinas nunca serão capazes de fazer.

Com tudo isso, acredito que a tecnologia como ferramenta de auxílio aos profissionais da saúde seja capaz de proporcionar mais acessos ao Sistema, além de aumentar a qualidade de atendimento. As inovações podem evitar internações e a realização de exames desnecessários. É fato que investimentos são necessários, porém é possível fazer mais com o que já se tem, ou seja, com os recursos já disponíveis. Aqui nascem oportunidades.

Estamos falando de entrega de valor, em que todo o ecossistema é beneficiado: paciente, sociedade, médicos e instituições. Concluo assim, que o futuro da saúde é tecnológico, e é preciso que médicos continuem exercendo o que sabem fazer de melhor, que é interagir com os pacientes e definir diagnósticos e tratamentos, com base nos dados coletados. As inovações estão chegando para criar uma grande transformação, atendendo às novas demandas que estão surgindo. O caminho é esse e o futuro do SUS também deverá passar por aqui.

*Anthony Eigier é CEO e fundador da NeuralMed

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